terça-feira, 5 de agosto de 2008

Por agora...


... Não sinto necessidade para me refugiar. A minha mente continua a estar pouco clara, mas encaro as coisas de outra forma. Não me vou fechar, não me vou esconder nem vou fugir.
Decidi partir para outros caminhos e pôr de parte alguns destes devaneios. Não mudei e penso da mesma forma, mas já não preciso de o colocar aqui. Por isso...
Até...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou,
Sei que não vou por aí!
José Régio

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Até ao fim

Tudo pode ser um desafio e tudo pode acabar numa derrota para nós. Aquilo que acreditamos, defendemos e pretendemos num dado momento pode fazer com qui ficamos presos a uma realidade, sem saber ao certo porquê.


Por acreditarmos em tudo isso e não o conseguirmos alcançar ou conquistar, vamos acumulando derrotas atrás de derrotas. Barreiras, inimigos e oponentes parecem sempre superiores a nós e levam sempre a melhor. Chegamos a pensar que a nossa luta está condenada ao fracasso.
Vemos outras pessoas melhor do que nós enquanto que nós nos vamos afundando cada vez mais e sentimos desilusões e sofremos com aquilo que acontece. Pessoas a fugir de nós ou a fingir que não existimos. Um dia fomos bestiais e agora somos bestas. Enfim, um caos...


Mas podemos perder uma batalha mas isso não é o fim. A qualquer momento, aquele que vai à frente pode não aguentar o ritmo que impôs na corrida enquanto que outros deram passos muito mais ponderados e calculados.


"O primeiro milho é para os pardais"
"Quem ri por último ri melhor"

Nada termina antes de chegar efectivamente ao seu fim. Até lá, temos todo o tempo para perder mais batalhas, mas nada nos impede de vencer a guerra. Um dia não conseguimos algo que julgavamos necessitar, mas isso pode ser um lance de sorte. A seguir, algo de melhor nos acontecerá e dará um novo rumo à nossa vida.

domingo, 20 de julho de 2008

Superar

São muitas as diferenças entres as pessoas e cada uma dessas diferenças distingue-nos de todos os outros. Diferenças boas ou más, no fundo, complementam-se e trazem um propósito: mostrar que podemos superar. Seja o que for...

É necessário saber ouvir, saber compreender e saber expor a nossa opinião. É muito fácil achar que se tem razão, mas é difícil prova-lo porque não o sabemos mostrar ou não nos fazemos ouvir da melhor forma.
Choques de culturas e de mentalidades são frequentes dadas as experiências, conhecimentos e educação mas vale a pena aprender com quem também quer trocar conhecimentos. Vale a pena duvidar do que se acredita, em busca de uma melhoria contínua.

Outros fecham-se, prendem-se, submetem-se e estagnam na sua própria realidade.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Para sempre

Tudo o que é bom tem de ter um fim? Só há uma certeza na vida e essa por mais cruel que seja tem de ser aceite por todas. Mas as marcas e as ideias ficam para sempre.
De um dia para o outro, tudo pode desmoronar sobre si mesmo, pior ainda, cair no esquecimento. Mas os grandes momentos prevalecem de pé... Nada os apagará, nada os destruirá, nada eliminará a sua existência.
Um pouco de espaço ou distância, até mesmo alguma distância podem fazer-nos esquecer ou esmorecer sentimentos por algo completamente importante e/ou vital para nós. Mas não desaparece....

É difícil distinguir e diferenciar algumas situações. É dificil decidir quais os nossos melhores momentos, mas é fácil falar dos piores.

No fim de tudo, são os grandes momentos e ocasiões que nos marcam e marcam uma pequena eternidade. A nossa...

But touch my tears with your lips
Touch my world with your fingertips
And we can have forever
And we can love forever
Forever is our today
Who wants to live forever
Who wants to live forever?
Forever is our today

Queen - Who Wants to live Forever?

domingo, 13 de julho de 2008

Pressão

Maus momentos aparecem a qualquer altura. Por vezes, são recorrentes de outros episódios anteriores dos quais não nos lembramos do seu desfecho.

Vivemos sob imensa pressão de tudo o que tem acontecido e não sabemos para que lado havemos de nos virar e começar a limpar a casa. Começamos a desconfiar das nossas capacidades e daquilo que conseguimos fazer. Precisamos de uma palavra especial mas ela demora a chegar. Mas quando chega, ajuda a pôr tudo de lado e a acreditar que tudo tem uma solução.

Por isso, todos os que assistam a situações deste estilo, imaginem o valor que uma palavra, sorriso ou abraço podem ter. Pensemos nos problemas e vejamos que não são nada comparados com outros - mas não é por isso que se tornam insignificantes.


Sejamos compreensivos, atenciosos, preocupados em vez de egoístas, insensíveis e frios...

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Emoções musicais

Certos sons despertam sensações indescritiveis. A música certa, no momento certo... Uma letra que nos toca no coração... Um som com o qual nos identificamos...

Felizmente, já tive a oportunidade de ouvir ao vivo algumas das minhas músicas preferidas de todos os tempos. Como esta... Eu estive lá...



Iron Maiden - Hallowed be Thy Name

Todas as músicas têm uma mensagem. Todas nos lembram de algum momento - bom ou mau - que nos marcou. Infância, juventude, a escola, paixões, aventuras e simples momentos de loucura...

Ontem, voltei ao que fui e que no fundo nunca deixei de ser...

domingo, 6 de julho de 2008

Estrela

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Atentos

Mesmo quando não se acompanha a par e passo cada um dos acontecimentos. Mesmo quando a distância pauta o nosso dia-a-dia. Mesmo quando parece que nada se passa... Estamos atentos.

Há certos assuntos sobre os quais não conseguimos manter-nos tão informados quanto gostavamos de estar. Não temos a possibilidade de estar com todos os que queriamos ter por perto. Não conseguimos dizer nem metade do que temos para dizer.

A vida é feita de ciclos e em cada um há novas realidades. Mas estamos atentos a todos os outros ciclos, tentando entender o que pode acontecer...

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Marcar posição

Por mais dificil que possa parecer, tem de chegar um momento em que temos de ter coragem para dizer "Basta". Muitas vezes, aproveitam-se de nós apenas porque nós pactuamos com os comportamentos dos outros.

Da mesma forma que se costuma dizer "Atrás de um grande homem, há sempre uma grande mulher" - ou expressões similares - devemos saber rodear-nos das pessoas certas. Serão elas que conseguirão despertar o melhor que há em nós. Talentos, capacidades, sentimentos, etc.. são estimulados pelo ambiente em que estamos inseridos, e nele encontram-se as pessoas com quem partilhamos o nosso dia-a-dia.

Existem muitas formas de nos fazer mostrar o nosso melhor, desde a vontade de nos ouvir até à capacidade de observar os nossos passos. Quem sabe se o melhor de nós não está nos mais pequenos pormenores?

Por outro lado, todos precisamos de acompanhamento e orientação. Por mais decididos e convictos que sejamos, vale a pena conhecer o outro lado da nossa posição. Temos de aprender a conviver com o oposto, temos de saber ouvir um "Não" quando preferíamos um "Sim" e vice-versa. Temos de ser contrariados para sabermos marcar efectivamente uma posição, em vez de fazer as coisas "porque sim".

Acabamos por ter certos instintos que não sabemos controlar e não sabemos as consequências dos mesmos. Pensamos estar certos, quando não o estamos. E pior, as pessoas não dizem ou não têm capacidade para nos mostrar que estamos errados. Não conseguem marcar uma posição quando estamos errados e deixam-nos errar sucessivamente...

Pior ainda, quando se prefere estar com aqueles que nada dizem...

quarta-feira, 25 de junho de 2008

"Vale a pena?" - Continuação

"Tudo vale a pena quando a alma não é pequena."

Fernando Pessoa

A nossa ou dos outros?

Vale a pena não ligarmos a tudo o que nos leva a pensar que não vale a pena fazermos algo por alguém ou vale a pena caso a alma dessa pessoa seja valorosa?

Nesta altura, a minha resposta é fácil...

domingo, 22 de junho de 2008

Vale a pena?

Tal como certas pessoas não merecem a nossa resposta ou sequer a nossa atenção, muitos de nós temos certas palavras atravessadas na nossa garganta que não devemos dizer. Com o passar do tempo, vamos acumulando um rol de acontecimentos mas que não transmitimos e limitamos-nos a deixar a bola correr...

Se calhar ficamos à espera que as coisas se resolvam. Se calhar pensamos que é um episódio passageiro que não voltará a acontecer. Se calhar temos medo de falar nisso ou achamos que não é da nossa competência.

Pois bem, mas há de haver uma altura em que chega o momento que já não sabemos mais o que fazer. Sentimos-nos sós, abandonamos, trocados, etc... e tudo parece valer a pena para conseguir voltar atrás. Será que vale? Merecem essas pessoas, que em certa medida abusaram de nós, disseram injustiças e deixaram-nos mal, ouvir conselhos da nossa parte?

Serão elas pessoas que mereçam o nosso respeito e consideração? Valerá a pena ajuda-la a corrigir o seu comportamento, quando ela já não é nada para nós?
Perdeu-se a oportunidade de aproveitar algo nosso para as ajudar. Consideraram-se superiores a tudo e donos da razão e da verdade. Ora bem, fiquem com as vossas ilusões e "certezas" que as nossas palavras e os nossos gestos ficam guardados para quem lhes dá efectivamente valor...

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Uma chama na noite

Mesmo passando certas noites em branco, podemos olhar à nossa volta e observar aquilo que temos.

Lembramos, revivemos, saudamos... Pensamos no que temos ali ou no que já ali tivemos... Todos os momentos de emoção ou horas a olhar para todo aquele sossego. Estados opostos mas compatíveis por alimentarem sentimentos.

Saudades do muito que se viveu e que já não se tem... Esperança de poder sentir de novo tudo aquilo que pareceu pouco, mas que acabou por saber a muito... Um dia houve e o amanhã será um novo dia. Resta esperar o que ele nos trás...

Um dia a chama acendeu-se... Pode cair no esquecimento, mas isso não quer dizer que se apagou. Quando ela é verdadeira, é também eterna... Aquece... Ilumina... Ela distingue o natural do superficial...

believe it's meant to be, darling
I watch when you are sleeping, you belong to me
Do you feel the same, am I only dreaming
Or is this burning an eternal flame?
The Bangles - Eternal Flame

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Sonhar?

Existe uma mensagem a captar por trás dos nossos sonhos? Será que o nosso corpo quer transmitir-nos qualquer coisa que nós não conseguimos analisar no nosso dia-a-dia?
Este é um grande mistério para todos nós, que não sabemos o significado a dar a qualquer coisa que nos surge a meio da noite e ocupa o nosso sono. Momentos em que temos vontade de dizer algo e nada sai e onde temos personagens na nossa mente que se calhar achamos que não deviam estar lá. Mas porque é que estão?

Há momentos em que bloqueamos e ficamos presos a pensar naquilo que sonhámos. Pode ser apenas um sonho, mas se for verdade? Saberemos lidar com tudo aquilo? Penso nisto porque fico quase sempre a pensar se tudo aquilo foi bom ou mau, como se estivesse na fronteira entre um sonho e um pesadelo.

Provavelmente, não representa nada... Só mais um episódio da mente a deixar-nos a pensar...




Dream Evil Lyrics

terça-feira, 10 de junho de 2008

Portugal

Amália, Camões e Eusébio são apenas algumas das principais figuras emblemáticas deste pequeno pedaço de terra que encontramos no sudoeste europeu. Um país que em tempos dominou o mundo através dos mares e que na minha opinião não soube aproveitar toda a sua hegemonia...

Quando temos, não sabemos aproveitar. Quando não temos, choramos a sua falta sem nos lembrarmos das falhas cometidas no passado. O que fazemos ecoa para a eternidade e hoje estamos a pagar o preço de toda uma história marcada por "Chico-Espertismo", "Oportunismo" e "Deixa andar". Basicamente, o espírito lusitano...

Muitas são as causas e muitos são os responsáveis... Por um lado temos aqueles que tudo apontam e tudo criticam, sem capacidade construtiva e com o tradicional discurso do "bota-a-baixo", nuns permanente noutros aparece em ciclos de quatro anos. Sabem o que é que está mal e o que importa é falar nisso, para quê apontar soluções? Criticar é que tem piada...

Os outros, são os conformados. Pessoas que baixam os braços e em quase todas as suas frases dizem "Tem de ser", "É complicado mas é necessário", etc... Tudo o que aparece é uam boa solução e portanto toca a aguentar a bronca e tirar o melhor proveito que for possível da situação.

Dinamismo? Empreendedorismo? Renovação? Pouco disso se vê por cá... Nós por cá, estamos na grande maioria num destes dois grupos, embora possamos ir alternando entre eles. Digam-me se conhecem alguém diferente pois eu sinceramente não conheço. Pelo menos cá...

Fado simboliza toda a nossa forma de ser, futebol é das poucas coisas que consegue unir o país e as telenovelas parecem ser o ideal de vida para uma grande parte da população. Existe sucesso, mas a grande maioria verifica-se lá fora, porque cá não se é reconhecido e não há condições... Porquê? Se calhar porque simplesmente já não acreditamos... Uns apenas criticam, outros baixam os braços...

Pobre, muito pobre este pedaço de terra... De objectivos, de cultura, de valores...

Pensem nisto...

domingo, 8 de junho de 2008

Codigo Da Vinci

Foi neste dia em 2006 que tive a oportunidade de ver o filme baseado numa das obras mais controversas dos últimos tempos: O Código de Da Vinci. Trata-se de uma história retirada da mente genial de Dan Brown, por muitos condenada face à polémica lançada, sobretudo em torno da vida pessoal de Jesus Cristo e que eu recomendo vivamente a sua leitura ou visualização do filme.

Na verdade, a obra acabou por cativar-me graças às críticas lançadas em relação à Igreja Católica. Mesmo que considere exageradas as personagens e o nível de organização retratados na obra, acredito que muito daquilo pode ser mais do que ficção e representar um bom ponto de vista sobre os "podres" duma instituição como a do Vaticano.

Sem querer condenar a fé ou a crença, a religião enquanto organização é que acaba por degradar toda uma orientação ou espiritualidade. Reparemos na quantidade de conflitos, lobbies, escândalos, etc que presenciamos hoje em dia, todos eles proporcionados pelos dogmas e regimes instituídos pelas mais diversas religiões.

Pior do que persuadir a atenção das pessoas, assistimos à tentativa de manipulação de pensamentos. E tal como em muitas outras situações na vida, aqueles que mais falam e mais tentam influenciar os outros, acabam por ser aqueles que menos moral têm para dar e pouco ou nada servem de exemplo para uma comunidade.

Uma mensagem passa-se pelo todo e não apenas pelo que convém...

terça-feira, 3 de junho de 2008

Fica a dúvida...

Nunca escondi a necessidade de sentir uma palavra de apoio ou de reconhecimento. Sinto que é mais fácil apontar o dedo para criticar do que dirigir a palavra para elogiar. Talvez seja por isso que também nunca tenha sido pessoa de elogiar os outros.

Mais estranho ainda, é o facto de frequentemente duvidar dos elogios que possam ser feitos. Cinismo? Hipocrisia? "Graxa"? Reparem no teor negativo das três primeiras palavras que me vieram à cabeça...

Quer dizer, por um lado procuro uma palavra amiga mas por outro desconfio? Onde está o sentido de tudo isto? Penso que o desconfiar do elogio, prende-se à raridade de tal acontecimento que faz uma pessoa estranhar tais palavras.

Sabe bem ouvir um "Parabéns" ou um "Tiveste muito bem" ou mesmo "Olha, podes melhorar em X ou Y". Talvez seja uma preocupação exagerada em saber o que os outros pensam ou uma certa necessidade de atenção. Faz impressão ser tema de conversa - por vezes invejado - mas alimenta o ego saber que tal acontece.

Porque às vezes as coisas acontecem e nós não reparamos nelas, ou então temos crises de confiança e auto-estima, há uma frase que já me ouviram dizer mais de mil vezes. Com ela fica a dúvida:

Ainda gostas de mim?

terça-feira, 27 de maio de 2008

Conversas vazias

Em muitas pessoas, uma mudança radical acaba por provocar um desequilíbrio emocional de tal forma forte que ficam a sentir-se desamparadas e sem qualquer tipo de apoio. Não sabem o que fazer e por vezes precipitam-se e agarram-se à primeira ilusão de "suporte" que encontram no caminho.

Nestas fases, pensamos no que não deu certo, em que é que errámos, o que é que podemos fazer para corrigir tudo... Gostávamos de ter um comando e regressar ao passado...

Alimentamos esperanças de ter a oportunidade de dizer qualquer coisa que ficou por dizer. Imaginamos as palavras que gostávamos de ouvir do outro lado. Mal damos por nós, estamos a escrever conversas na nossa imaginação e ficamos à espera do dia em que vamos ter essa conversa. E se não houver esse dia?

Pode ser que ninguém nos queira dar ouvidos. Pode ser que aquelas palavras não sejam as mais certas. Pode ser que queremos dizer algo apenas porque fica bem e não porque acreditamos nisso. Podemos ter o mundo completamente ao contrário e não ter a certeza do que estamos a dizer...

A conversar, as pessoas entendem-se. No entanto, para tal acontecer, é preciso a conversa proporcionar-se e dizer o que há para ser dito no momento certo... Se tal momento alguma vez existir...

"You talk all these words
You make conversations that cannot be heard

How long until you notice that

No one is answering back?"
David Fonseca - Someone that cannot love

PS: Força para ti...

sábado, 24 de maio de 2008

É chegado o momento...

A vida é composta por ciclos e por fases e a mim parece que há um desses períodos que está prestes a terminar. Talvez seja o momento de dizer basta antes que fique demasiado embrenhado em toda a situação...

Posso dizer que nesta fase passei alguns dos melhores momentos da minha vida. Conheci pessoas que jamais esquecerei, tive um pouco por toda a parte e fiz um pouco de tudo. Aprendi e ensinei, ouvi e transmiti opiniões, ri e chorei. Consegui encontrar a felicidade que julguei não existir para mim.

Tal como tudo, também aqui a vida foi um carrocel com os seus altos e baixos de levar uma pessoa à felicidade extrema bem como ao "desespero" total. Já chega... Não é que não sinta falta, não é que não vá ter saudades, não é que não precise. Não é um adeus, mas simplesmente, chega...

Posso desistir quando estou a ganhar, mas se calhar só estou a perder. O tempo o dirá... Sinto que já não é lugar para mim - mesmo que ele exista e eu o veja... Não preciso nem quero chatear-me mais. Abdiquei de muita coisa, virei as costas a certas lutas e muito mais para aproveitar esta fase. Até hoje... Já vivi tudo isto com tal intensidade que hoje olho e penso se algumas das coisa terão valido a pena. Apesar de tudo, penso que sim...

Agora, é a vez de outros... Quanto a mim, amanhã é um novo dia...

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Mais palavras

Quantas vezes é que dissemos algo e ficámos com a sensação que as pessoas não acreditaram? Ficamos desapontados e pensamos no que mais podemos fazer para confiarem em nós. Mas na maioria das ocasiões somos inconsequentes, pois a primeira impressão acaba por ser a mais forte e nessa, alguém não acreditou em nós...

Custa depois pensar que não vale a pena falar, pois do outro lado ninguém nos quer ouvir. A ideia já está formada e de nada nos vale tentar provar o contrário, pois poucas são as hipóteses de termos sucesso.

Mais tarde, acabamos a fazer algo que leva essas pessoas a achar que tinham razão em não acreditar em nós. Mas isso foi uma consequência, e não uma causa...

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Instinto paternal

Certos gestos acabam por ser um pouco natos nas pessoas como se fossem um talento especial e não algo que vão aprendendo ao longo do tempo. Claro que se pode ganhar o jeito, mas acaba por haver sempre um toque especial que parece ser quase genético.

Claro que está nos meus planos, um dia poder ser um exemplo para alguém e conseguir proporcionar-lhe uma boa educação. Mas ainda mais valoroso, é o facto de sentirmos que está ali uma "parte" de nós. O seu futuro, será uma consequência do nosso presente. Atenção, compreensão, carinho e apoio são fundamentais para o crescimento de uma criança.

Quando dão os primeiros passos, após a queda estará lá alguém para o ajudar a levantar-se. Com o tempo, ganhará o hábito de erguer-se por si e não estar dependente de terceiros. Estarão os pais disponíveis para um dia libertar as crianças, de forma a que estas possam aprender por si a ultrapassar certas barreiras? Ao longo da sua vida verão que as "quedas" são importantes para poder aprender...

Uma criança cujo pai não larga o selim, nunca conseguirá andar de bicicleta sozinha...

Boa noite!

PS: Em baixo, um pouco do meu instinto paternal


Fonz & Miguel

domingo, 18 de maio de 2008

Obrigado Sporting!

Nada mais me interessa e não falo de terceiros. Para quê alimentar polémicas e gerar conflitos? Para quê falar dos outros em vez de me preocupar apenas com o que é meu?

És tu, SPORTING, uma das minhas paixões de sempre e por isso obrigado por mais esta alegria.

FORÇA SPORTING!


sábado, 17 de maio de 2008

Palavras de apoio

A todos que não tive a possibilidade de desejar as maiores felicidades, aproveito para deixar os meus votos de todo o sucesso para esta nova etapa que se avizinha.

Com alguns tive a hipótese de falar, com outros tal ocasião não se proporcionou, mas independentemente disso desejo o melhor para todos sem qualquer excepção. O que importa não é o que se coloca numa fita, mas sim aquilo que se sente de verdade...

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Uma casa, Um lar

Preparar o futuro com antecedência sempre foi um dos meus lemas. Não devemos estar à espera que as coisas aconteçam e por isso temos de dedicar um pouco de nós em prol daquilo que queremos alcançar.

Mesmo ainda sendo jovens, todos temos responsabilidades. Uns livram-se delas e refugiam-se da forma como podem, outros assumem-nas com determinação e vontade. E preparar o local onde se vai viver é uma grande responsabilidade, para no fim de tudo termos ainda mais gozo por estar ali um pouco de nós.

Neste caso, existe já uma casa mas o desafio é preparar um lar. Grande parte do futuro será passado ali e por isso o mais pequeno passo em falso pode comprometer muito do que pode estar para vir. Muito pode ser ali feito, mas o que é que é mesmo necessário? Qual o objectivo? O que se pretende? Já disse. Quero um lar... Onde me sinta bem. Onde possa descansar e desfrutar tudo aquilo que aquele lugar possa proporcionar-me. Um sítio onde possa receber e conviver com os que me são mais próximos.

Luxos? Excentricidades? Não são vitais para aquilo que se pretende... Quero simplicidade e funcionalidade, não quero fazer ver a ninguém...

Quero ter um lar e para tal não preciso de um casa de encher a vista. Preciso de sentir que tenho ali o que quero e preciso...

domingo, 11 de maio de 2008

Martinha

Hoje foi o dia da minha Martinha. Certo que costumo dizer que gosto mais de cães, mas esta boneca tem captado a minha atenção. Feliz aniversário Marta!

Quanto a mim, a equipa de futsal fica para daqui a uns anos...

Silêncio do Tom

Remetendo-me ao silêncio, tudo à minha volta continua o seu caminho, num claro sinal de que nada fica parado à minha espera.

Aquilo que podia ser dito acaba por ser complementado por gestos e atitudes.. Apatia acaba por existir sobretudo por não encontrar forma melhor de concretizar algo. Existem palavras para descrever tudo e não é que custem a sair, mas acredito que um dia podem aparecer palavras novas. Ou então, eu me aperceba que não é necessário dizer.

O tempo encarregar-se-á de tornar o inexplorado em evidente, o confuso em claro, o estranho em normal...

No silêncio nos questionamos... No silêncio, comunicamos...

Tens tanta doçura
Tens tanto saber

Viverás comigo até morrer

Escstunis - Silêncio do Tom

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Hoje

Hoje falei e ouvi assim como me remeti ao silêncio e nada captei... Muitas palavras soaram enquanto que outras não tiveram o devido som. Transmiti opiniões e dei justificações, não por obrigação, mas por necessidade. Esbocei gestos e lancei olhares. Será que a mensagem fica?

Em certos momentos parece que o tudo é nada e o nada é tudo e toda esta confusão não nos permite compreender o verdadeiro significado das coisas. Muito pode ser dito e mil interpretações podem ser feitas. Palavras e gestos às vezes não passam disso, pois cada um dá-lhe o significado que quiser.

Recordações e lembranças... Certezas e dúvidas... Orgulho e arrependimento... Tudo é nada, nada é tudo. Ganhamos asas e partimos para um voo... Ou então temos medo de tirar os pés da terra.

Nada fica escondido, apenas não é necessário ser visto. E nos outros dias, tal como hoje, o importante não é demonstrar ou provar, é sentir e acreditar na existência de algo... Seja comum ou extraordinário...

terça-feira, 6 de maio de 2008

Neste dia

Faz hoje dois anos que assumi mais um papel importante na minha vida: Alguém teve a coragem de me convidar para seu "padrinho" de casamento.

Acabou por ser um dia em cheio, especialmente na conservatória onde fiz o favor de incendiar as hostes e deixar a noiva ainda mais nervosa no momento em que foi dito "Alguém tem alguma coisa a dizer contra este casamento?" - altura em que esbocei uns ruídos que lançaram o pânico... Muitas palavras soaram e muitas coisas se revelaram daí em diante.

Como se não bastasse, nesse mesmo dia, ainda tive o jantar de aniversário de três dos meus melhores amigos. Depois de um casamento, veio mais um pouco de paródia.

E como não há duas sem três, a noite acabou na semana académica de Lisboa em representação da faculdade e a coordenar o bar. Mais um pouco de paródia, mais conversas, mais contactos... Encontrar pessoas que não via há séculos, receber palavras amigas e encorajadoras.

Um novo ciclo estava a começar. A minha vida estava a mudar... Novas realidades, novas responsabilidades, novos desafios...

Boa noite!

PS: Parabéns aos meus tios pelo seu aniversário

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Um mundo pequeno

Vivemos mesmo num mundo pequeno onde parece que toda a gente conhece toda a gente. As pessoas sabem exactamente aquilo que se passa na vida dos outros, seja por estas vidas estarem frequentemente expostas ou seja pelo facto das pessoas se intrometerem na vida dos outros.

A vida dos que nos rodeiam acaba sempre por influenciar um pouco a nossa, pelo que a curiosidade em compreender o que se passa leva-nos a entrar em domínios que não são os nossos. Podemos ter uma palavra a dizer na matéria, mas para tal, a palavra deve ser pedida e não devemos querer da-la à força.

Infelizmente, existe por aí muita gente que preocupa-se mais em "viver" a vida dos outros, em vez de viver apenas a sua. É uma fraqueza de espírito que leva à geração de conflitos e influências negativas perante pessoas que não conseguem encontrar o seu equilíbrio e acabam por se agarrar às primeiras palavras que lhe soam mais adequadas. E assim se estragam muitos momentos...

É esta a pequenez em que vivemos, sujeitos à invasão de privacidade e a tentativas de persuasão e de influência, sem se conhecer a vontade da outra pessoa. Uma opinião transmite-se para demonstrar um ponto de vista e ajudar alguém a tomar uma decisão e não para induzi-la a cometer um acto que poderá sempre parecer acertado, mas no fundo, nunca existir qualquer razão nos comportamentos...

Não concordo com estas "manipulações" e não gosto que se metam na minha vida. Falar é muito fácil, sobretudo quando só se sabe metade das histórias. Só uma pessoa sabe aquilo que sente e atravessa e aquilo que quer e ambiciona. Só ela sabe o que consegue e quer fazer. Os outros, se não quiserem "colaborar" ao menos que não bloqueiem o caminho.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Um pacto

Estabelecemos acordos pelas mais variadas razões, desde particulares a profissionais, bilaterais ou multilaterais, por aí fora... Supostamente, neste tipo de situações, existem direitos e deveres para ambas as partes, onde se pretende chegar ao benefício de todas as partes envolvidas.

Mas quantas vezes isto acaba por não se verificar? Há pessoas a quem algo não chega e querem ainda mais e por isso levam tudo aos extremos para conseguírem nem que seja apenas mais uma gota de água. Parece que o seu objectivo é querer ter mais que os outros. Curiosamente, a maioria dessas pessoas é exactamente aquela que menos quer oferecer. Receber sim, dar já é outra conversa.

Um pacto ideal passa pela livre e espontânea vontade de oferecer algo a alguém que necessite, não por obrigação mas sim por atenção. Claro que ficamos à espera de um dia podermos ter algum tipo de retorno, mas se nunca o tivermos pode ser que isso seja sinal de nunca termos necessitado dessa retribuição. Para quê dar aos que acham que estamos sempre em dívida com eles em vez de ligar aos que se mostram disponíveis para nós?

Boas pessoas vêem-se nas ocasiões e quem nos desilude são aqueles que mais exigiram de nós e que na hora da verdade, não tiveram a coragem de fazer algo mais por nós. Quando muitas das vezes basta um sorriso ou uma palavra amiga...

Fazer por querer e não por obrigação... Ser capaz de receber sem querer nada em troca... Agir naturalmente, sem qualquer tipo de intenção... Ser capaz de reconhecer esforços, sacrifícios e dedicação por mais banais que possam ser. Boas intenções podem parecer simples, mas para outros podem significar muito...

terça-feira, 29 de abril de 2008

Memórias

Foram já muitas as ocasiões em que eu disse que a nossa vida era como uma peça, onde nós somos a personagem principal. Cada momento acaba por representar uma cena no nosso palco e cada pessoa é mais uma personagem ou figurante que faz parte do nosso enredo.

A certa altura, se calhar teremos necessidade de resumir a nossa história para podermos apresentar-nos a outra pessoa. Será então um teste à nossa capacidade de organização de ideias. Na grande maioria das vezes, contamos as recordações que temos mais presentes na nossa memória e acabamos por ocultar certos episódios que praticamente se varreram da nossa mente.

Nós não somos um conjunto de recordações, mas sim um conjunto de vivências e experiências. São os nossos actos e atitudes que nos caracterizam. Aquilo que vivemos foi o que nos tornou naquilo que fomos um dia e nos fez viver nas experiências seguintes. Recordações, boas ou más, são meros filtros que podem acabar por banalizar uma experiência talvez completa mas que a nossa mente encarregou-se de encaminhar para o esquecimento.

No fundo, algo acaba por se esconder de forma consciente ou inconsciente, mas que faz parte da base do nosso ser. Não nos lembramos ou simplesmente podemos não dar o devido valor mas certo é que contará sempre muito para um dia conseguirmos atingir certas metas. Mais que não seja por ter feito parte de todo um percurso...

domingo, 27 de abril de 2008

A bordo

Existem situações que só teremos uma oportunidade na vida para aproveitar. Quando o comboio passa na estação e nós não o apanhamos, haverá alguma esperança de conseguir subir a bordo?

As nossas vidas são como um comboio controlado por nós. Somos nós quem determina quanto tempo ficamos parados numa determinada fase da nossa vida. Acabamos por possuir o discernimento para avaliar quem é que queremos que esteja à nossa volta, apesar de às vezes sermos enganados pelas aparências. Temos um destino, mas de um momento para o outro podemos mudar...

Isso mesmo, mudança... A vida é dinâmica e por isso, o nosso "comboio" também. Passageiros entram e saem, embora alguns vão ficando até ao fim da linha e outros um dia saem e depois querem retomar a viagem. As "estações" também variam e raramente paramos duas vezes no mesmo sítio.

Está em nós a maioria do controlo mesmo que sejamos influenciados por outro tipo de situações. Fases e pessoas vão e vêm e só nos sujeitamos ao que acharmos realmente importante. Dia após dias aparecem novas realidades a preencher a paisagem da nossa viagem.

Até ao dia em que pegamos o último passageiro ou ao dia em que chegamos à estação terminal.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Caminhando

Uns têm perfil para seguir e outros têm perfil para liderar. Existem também aqueles eu gostam de se impor e que a sua deve ser levada ao máximo enquanto que outros se submetem. Outros têm valor, mas não acreditam em si e acabam por aceitar outras indicações...


Eu ando assim
Ando atrás de ti
Acordo assim
Na estrada em que vou

E a cada passo
Sei saber melhor

O que vejo…
Rui Veloso

E eu procuro seguir os mesmo caminhos que tu. Não quero correr atrás de ti ou seguir-te para todo o lado. Não quero estar dependente da tua vontade nem submeter-me às tuas ordens. No entanto, quero estar livremente condicionado por ti. Deverão os nossos caminhos ser os mesmos? Talvez sim, talvez não... Mas não o serão por eu me submeter aos teus desejos nem por tentar impor-te os meus.
Passo após passo, seguimos uma direcção que por vezes pode parecer não coincidir nem ser compatível, mas a verdade é que estamos quase sempre lado-a-lado. E o que eu vejo é uma convivência possível dentro de realidades que parecem ser tão diferentes.

Contigo existe algo, mas que se calhar nunca conseguiremos entender plenamente o quê. Até lá, andamos em direcção a algo que tanto nos aproxima como nos afasta, nos faz dizer "Olá" ou então sofrer com a partida. Enfim, caminhos pelos quais a vida nos leva mas não sabemos a direcção...

E para ti que lês este texto, se em algum momento pensaste "Estará ele a falar para mim?", então, podes ter muito bem a certeza que não estou...

Boa noite!

terça-feira, 22 de abril de 2008

Chuva

Num mês de águas mil e situações sempre imprivisivéis, encontrei climas bons onde não esperava encontrar e fui acolhido numa tempestade no meu regresso. Quase que apetecia dizer que deixei para trás os bons tempos e voltei para dias tristes e escuros.

São tantos os sentimentos e sensações proporcionados pela chuva que nos molha ou pela qual nos deixamos molhar. Damos por nós envolvidos em tempestades das quais não conseguimos sair ou que por outro lado nem essas tempestades nos conseguem abalar.

Frank Sinatra expressou de tal forma a sua felicidade que nem mesmo as gotas que caíam conseguíam demovê-lo. Já Phil Collins esperava que a chuva viesse e permitisse limpar os seus actos. Guns'n'Roses transmitem confiança e esperança ao dizer que nada fica mal para sempre, nem mesmo a chuva de Novembro. Ivete fala do raiar de um novo dia e a bonança depois de uma tempestade.

Pode chover... Pode pingar durante muito tempo... Tempestades podem parecer arrasadoras... Simples aguaceiros podem destruir muito do que nos rodeia... Mas a chuva não vem para dar um sinal de dor, mas para dizer que o melhor está para vir...

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Em Viena

Cidade imperial, carregada de mística e histórias de encantar. Com um urbanismo sofisticado e construções imponentes, Viena tem condições para agradar qualquer um de nós, mais que não seja pela sua diversidade. Assim, toda a gente consegue encontrar nela algo com que se identifique.

Por entre marcas de luxúria e ódio, contrapõe-se as histórias de solidariedade e paixão. Numa cidade com tamanha beleza, as pessoas transmitem uma frieza indescritível. Mas o sangue latino consegue deixar sempre a sua marca.

Fosse num jardim ou num palácio, num museu ou num concerto, a imponência e esplendor vienense ganhavam ainda mais vida face à vivacidade lusitana.

Uma cidade de beleza infinita, onde a saudade que podia cair sobre qualquer um foi suplantada pelo espírito e amizade de um grupo acabado de formar.


Mas aquilo que tanto nos marca na nossa vida, não desaparece em vão. E nem esta Viena me faz esquecer a minha Lisboa e tudo que ela me dá.

Olisipo

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Um dia aprendemos

Às vezes parece que sabemos tudo
Um dia queremos uma coisa, no outro já queremos outra
Procuramos culpados, em vez de procurar soluções
Achamos que alguém nos quer ver a sofrer
Não tentamos perceber situações que merecem ser compreendidas
Pensamos que tudo nos corre mal
Atingimos pontos de ruptura onde já nada há a fazer

... Mas um dia aprendemos que o que hoje nos parece certo, amanhã muda completamente de prisma



Obrigado amiga por me teres enviado este vídeo.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Outra visão

Será possível a capacidade de odiar ser maior do que a capacidade de amar? Acredito sinceramente que muitas pessoas estão carregadas de pensamentos negativos que as levam a sentir-se ameaçadas pelo mais pequeno pormenor que acontece à sua frente mas que acabam por interpretar como um ataque à sua pessoa.

Claramente, isto é um sinal de fraqueza que demonstra a incapacidade de uma pessoa de enfrentar uma situação que acaba por considerar adversa. Todos tomamos juízos precipitados e estas pessoas que não sabem lidar com certos contratempos ou algo que não corre como elas querem, acabam por criar uma sensação de ódio em torno daquilo que não conseguem "controlar". Parece uma situação de "8 ou 80" em que "ou estás por mim ou estás contra mim" e logo à primeira impressão é-se visto como inimigo.

As mentes ficam enviesadas em relação a tudo o que as rodeia e impede de fazer um raciocínio equilibrado sobre os factos. De um momento para o outro, as outras pessoas passam a ser valorizadas por terem poucos defeitos que até se toleram em vez de ser valorizadas pelas muitas qualidades que têm. Pior do que isso, o ódio e o rancor cria um sentimento de negação que num ápice elimina quaisquer qualidade que possa ter sido detectada.

Mais cego do que o que não vê, é aquele que não quer ver...

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Avareza

Tal como os pecados anteriores, Avareza associa-se aos excessos. Refere-se ao egoísmo e à ganância da busca desmesurada por determinado tipo de bens, para proveito próprio em detrimento de outras situações possivelmente benéficas para mais pessoas.

Um avarento além de se apegar a algo e não ser capaz de se soltar desse bem, e mesmo que não o precise, não se mostra disposto a liberta-lo para alguém que o necessite.

Vivemos rodeados por egoístas e gananciosos, que apenas conseguem olhar para si e para o seu próprio bem. O desejo natural de pretender algo é logo corrompido pela forma como as pessoas procuram alcançar o seu sucesso, muitas vezes à custa dos outros. Muita gente pensa que apenas eles têm direito a algo e que todos os outros têm para com ele alguma espécie de dívida.

Prioridade a mim que o resto supostamente pode esperar até que eu fique satisfeito...

Considero incompreensível este tipo de mentalidades. Ajudar e colaborar com os outros, fazer com que eles também alcancem o que pretendem é uma virtude. Partilhar? Dividir? Porque não? Basta ter a capacidade de racionalizar as coisas e usar apenas o que necessitamos em vez de aproveitarmos tudo ao máximo a nosso belo prazer. É preciso saber dar para saber receber e normalmente um avarento só quer receber e acha que nada se deve oferecer.

Vale a pena respeitar uma pessoa deste tipo? Consegue ser feliz, ou viverá apenas na sua ilusão? Usufruirá das verdadeiras virtudes e belezas da vida? Será ele exemplo para alguém? Penso que sim. Mais que não seja um exemplo a não seguir...

"A avareza torna odioso o homem; a liberalidade torna-o estimado."
( Boécio )

terça-feira, 8 de abril de 2008

Sangue quente

Todos nós já nos sentimos atacados ou ameaçados de tal forma que os nossos instintos fizeram com que tomássemos determinadas atitudes que aos nossos olhos são correctas mas que no fundo acabam por não ter grande razão de ser.

A comunicação é das coisas mais difíceis no nosso dia-a-dia pois normalmente o ruído/feedback implícito numa mensagem, faz com que o receptor não compreenda a sua essência, ou então, lhe dê um significado totalmente diferente do previsto. É mais fácil acreditar naquilo que queremos ouvir ou achamos ser real do que acreditar numa verdade que não queremos acreditar.

Acabamos por imaginar cenários e situações que não correspondem à verdade. Sentimos-nos traídos e/ou ofendidos com certos comportamentos e palavras e por isso pensamos que temos direito e razão para efectuar determinado tipo de comentários. Agimos de sangue quente, quase sem escrúpulos, cegos de raiva e cheios de ódio por uma situação que se calhar não tivemos o discernimento de analisar com conta, peso e medida. Cometemos juízos precipitados e agarramos-nos ao que parece ser mais evidente, em vez de procurarmos entender efectivamente o cerne da questão.

Existe muito comodismo e teimosia à nossa volta e acredito plenamente que se canalizássemos os nossos esforços noutras direcções, talvez fosse mais fácil analisar o que nos rodeia e teríamos o discernimento necessário para ver os factos como eles realmente são e não como tememos que eles se estejam a tornar.

Todos nos precipitamos, mas todos devemos procurar uma nova oportunidade para corrigir isso...

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Problemas, Culpas & Soluções

Quando as coisas correm mal, acabamos por procurar a saída mais fácil. Geralmente, cortar todo o mal pela raiz ou fingir que não se trata de nada connosco. Da mesma forma que existem ilusões que nos fazem querer algo com muita força, podem existir ilusões que nos fazem acreditar que o melhor caminho a seguir é única e exclusivamente, desistir.

O que é que nos leva a pensar isto? Talvez um sentimento de impotência e medo que nos deixa incapazes de lutar por algo que até então não deu resultado. Se está assim, como é que pode melhorar? Bem, voltar à estaca zero ou simplesmente "matar" o assunto pode acabar por aliviar tudo. Mas será que resolver?

Num emprego, uma pessoa é transferida para outra área, por fraco desempenho. Será que foi incompetência, ou falta de orientação? Nestas situações, em vez de se agarrar numa só ponta da corda, talvez seja mais prudente ver os dois lados da moeda. De quem será a culpa? Muito provavelmente de todos. O que fazer? Castigar? Não...

Penso que o melhor será mostrar a disponibilidade para ajudar. Erros todos os temos, pois errar é humano. Devemos estar dispostos não a encontrar culpados, mas sim as suas soluções.

Certo é que muitas vezes não nos apercebemos que a melhor solução está na compreensão do problema. Sem entender qual é o problema, de nada adianta procurar uma resolução...

terça-feira, 1 de abril de 2008

Tudo pode resultar

Recentemente recebi a notícia de que uma das pessoas mais importantes na minha vida decidiu dar mais um passo em frente e unir-se em matrimónio com o seu companheiro de há algum tempo.

Sentado no meu canto, fui assistindo à "peça de teatro" que tem sido as suas vidas e onde cada um representou o seu papel. Obviamente que conheço melhor uma das partes, mas hoje sei dizer aquilo que cada uma representa e pode dar à outra. A sua relação serve de exemplo para mim, face a tudo o que tiveram de enfrentar. Situações menos agradáveis, como "ataques" à sua relação chegaram a ser acontecimento frequente. O entendimento entre ambos chegou a deteriorar-se. Chegaram a duvidar se seria aquilo que queria e por um isso, um período de separação serviu para consolidar a verdade e aperceberem-se daquilo que realmente queriam.

São para mim um exemplo de vontade, persistência e sobretudo, de Amor. Não baixaram os braços e lutaram pelo que sentiam. Fizeram frente às ameaças que apareciam e utilizaram-nas para fortalecer a sua relação. Nunca desistiram daquilo que queriam e que parecia que outros não queriam que eles quisessem. Mesmo as suas diferenças de personalidades não constituíram um obstáculo, pois com o tempo aprenderam não a mudar a sua forma de ser mas sim a adaptar-se à pessoa com quem queriam estar.

Hoje estão felizes, com quem querem estar. E quem gosta deles, como eu gosto, partilha de toda essa felicidade.

Parabéns amigos!

sexta-feira, 28 de março de 2008

Luxúria

Segundo a doutrina, este pecado é a porta para outros pecados, como a diversas ramificações tais como, a prostituição, sodomia, pornografia, incesto, masturbação, pedofilia, zoofilia ou bestialismo, fetichismo, sadismo e masoquismo.

A primeira conclusão salta logo à vista: Somos pecadores. Obviamente que estou a pôr de parte certos extremos como prostituição, incesto, pedofilia e zoofilia, que quer queiramos quer não, temos de admitir que infelizmente existem entre nós, mas aplicam-se apenas a alguns. Todos os outros são como que prática corrente no dia-a-dia.

A tentação dos prazeres carnais acompanha o ser humano desde sempre. Corre-nos no sangue "quente" cometer loucuras e atingir a adrenalina que muitas destas situações nos provocam. Queremos satisfação, queremos prazer e gostamos. Uns precisam de estar acompanhados, outros estão bem sozinhos, seja como for, procuram sempre alimentar os sentimentos e emoções que controlam e descontrolam o corpo e a mente.

Gostamos de transmitir sentimentos e sensações a outros, procurando alimentar os sentidos através da nossa percepção dos sentidos dos outros. Sadismo? Masoquismo? É indiferente pois ou fazemos outros sofrer ou sujeitamos-nos de forma voluntária à dor. Tal como o ódio e o amor andam de mão dada, também estes dois acabam por viver juntos a mesma aventura. E assim, ao viver, pecamos...

Tudo em nome do prazer que ambicionamos e que nos dá a sensação de vida...

terça-feira, 25 de março de 2008

Quatro anos

Já passaram quatro anos mas as marcas deixadas foram tais que mais parece que se trata de um acontecimento recente. Aquilo que começou numa noite que se previa de diversão acabou por deixar uma cicatriz psicológica bem maior do que os 45 pontos que levei.

Foi a 25 de Março de 2004 que uma suposta ressaca passou primeiro para apendicite e mais à frente a hemorragia interna. Pior do que os dias passados no hospital foi toda a pressão e o pânico causado pela situação. De um dia para o outro, uma pessoa passa a pensar duas ou três vezes antes de dar um passo. Uma dor, por mais pequena que fosse, causa um terramoto de sensações que já não há sítio onde alguém se possa aguentar.

Só quem passa pelas situações é que sabe o que se sente. Por isso, da mesma forma que só eu sei o que passei, aqueles que assistiram a tudo é que sabem a forma como lidaram com a situação. Falar é fácil, mas agir é mais complicado.

Hoje rio-me. Mas se me rio, deve-se em grande parte ao facto de um dia ter chorado. Devido a tudo o que se passou depois disso, as lágrimas apesar de secas continuam cá. Mas o sorriso também...

PS: Um abraço ao meu amigo Diogo por mais um aniversário deste animal a quem também arranjei uma alcunha que colou.

quinta-feira, 20 de março de 2008

Tudo e Nada



Bem, mais uma vez digo: Palavras para quê?

Há amores assim
Que nunca têm início
Muito menos têm fim
Donna Maria - Há Amores Assim

terça-feira, 18 de março de 2008

Gula

Normalmente, associamos este pecado ao excesso de alimentação por parte de algumas pessoas. No entanto, Gula refere-se principalmente aos excessos que as pessoas cometem, ao ambicionarem sempre mais e mais e mais, não se contentando com aquilo que já têm.

É certo que a ambição é uma das bases da evolução, pois com conformismo e passividade as coisas não andam para a frente. Mas, a ambição não pode ser desmesurada e deve ser bem ponderada. Às tantas, damos por nós a exigir algo que nós não precisamos ou então ficamos agarrados a algo que apesar de ter algum valor para nós, na verdade, não tem o valor suficiente para nos fixarmos nele.

Faz parte da nossa natureza animal, procurar sempre mais. Não nos damos por satisfeitos com o que já temos, mas devemos ter discernimento suficiente para determinar que se queremos algo porque nos faz falta ou se queremos algo porque simplesmente nos parece bem ter e da qual não abdicamos.

quinta-feira, 13 de março de 2008

Sete Pecados

Embora não seja uma pessoa religiosa, não deixo de reconhecer algum significado a doutrinas e dogmas. Os "Sete Pecados Capitais" foram instituídos pela Igreja Católica, pelo que eu poderia desvalorizar por completo a sua razão de ser, tal como faço com outras matérias provenientes de tal meio. No entanto, estes pecados já por diversas vezes captaram a minha atenção.

Gula
Luxúria
Avareza
Ira
Soberba
Vaidade
Preguiça

O que quer dizer cada um? O que significa um deles para mim, será que também tem o mesmo sentido para os outros?

Nos próximos tempos irei mostrar os meus pensamentos sobre cada um dos pecados...


segunda-feira, 10 de março de 2008

Fantasmas - Parte II


"O mais importante da vida não é a situação em que estamos, mas a direcção para a qual nos movemos." ( Oliver Wendall Holmes )

Hoje ouvi diversas vezes esta música, que acabou por me recordar do post que escrevi na semana passada. Por isso, achei interessante deixar aqui um vídeo com esta canção fantástica dos Placebo.

Placebo - Sleeping with Ghosts

domingo, 9 de março de 2008

Naquela direcção

A vida leva-nos por caminhos que nós raramente conhecemos. No entanto, à medida que os vamos percorrendo podemos afirmar que aquele sítio já nos é familiar.

Umas vezes por decisão, outras vezes por obrigação, certo é que um determinado trajecto deve ser seguído. Não devemos inventar hipóteses ou cenários, pois probabilidades de nada valem. Devemos sim estar conscientes daquilo que pode acontecer e aquilo que depende de nós para acontecer. Assim, se algo realmente acontecer tal como "temíamos", ao menos sabemos como reagir. Não devemos partir com a mente condicionada e o espírito derrotado logo à partida.

Cada viagem mesmo que seja com a mesma direcção, é sempre diferente das anteriormente feitas. Temos mais experiência e maiores conhecimentos, sabemos o que podemos encontrar e quais os obstáculos que queremos ultrapassar se soubermos que eles lá estão.

Porque nunca sabemos para onde a vida nos leva a seguir, nunca devemos dizer "Naquela direcção não irei" pois não sabemos se não vamos chegar ao mesmo lugar, mas por um caminho diferente...

Boa noite!

quinta-feira, 6 de março de 2008

Identidade

Podemos pintar o cabelo de vermelho, mas não é por isso que ele vai deixar de ter a sua cor natural. Podemos vestir roupa preta e pintar a cara e isso não faz de nós góticos. Podemos fazer as nossas orações, mas isso não faz de nós crentes...

Onde é que pretendo chegar? Ao já tradicional "Nem sempre o que parece é". Mil e uma coisas podem ser feitas para virar o nosso mundo de pernas para o ar, que é como quem diz, mudar radicalmente. No entanto, aquilo que nos define estará sempre dentro de nós.

Crenças, gostos, opções, valores, tradições... todos eles podem aparentar uma mudança de um dia para o outro, mas tudo isso continua em nós, por mais que o tentemos esconder, oprimir ou simplesmente apagar.

São estes pequenos pormenores que nos definem enquanto pessoa e que nos fazer ser o que somos. Por mais que variem os nossos comportamentos, estilos de vida, gostos, etc... o que nos define mantém-se intacto. E quem conheceu isso em nós uma vez, sabe o que lá está por mais que possa parecer que desapareceu ou morreu.

Só se deixa enganar quem quiser...

segunda-feira, 3 de março de 2008

Dias de tempestade

São pequenos os pormenores que acabam por conseguir com que uma pessoa fique fora de si. Talvez por algo ser extremamente importante para nós, ficamos mais exigentes, mais sensíveis ou simplesmente mais atentos a pequenas coisas, que mesmo insignificantes, acabam por marcar a diferença.

Tal como em tudo, a culpa é sempre nossa por não termos a capacidade de colocar cada coisa no devido lugar, que é como quem diz, não conseguimos dar o devido valor às coisas. Perdemos demasiado tempo a discutir factos banais e supérfluos que não reparamos naquilo que vale a pena. Outras vezes podemos reparar nessas que valem a pena, mas acabamos por achar que não passa de uma mera miragem numa longa travessia pelo deserto.

Ironicamente, não estou a falar de uma situação de seca, mas sim de uma intempérie, já que no nosso dia-a-dia, é tal a pressão sobre as situações que fazemos uma tempestade a partir de simples copo de água. Perdemos o discernimento e ficamos com a visão sobre os factos completamente deturpado. O que vale a pena passa a sonho, o que é pouco se calhar passa a suficiente. Infelizmente, somos pessimistas e acreditamos sempre no pior e levamos ao máximo as leis de Murphy.

Mas, tal como diz o saber popular: "A seguir à tempestade vem a bonança"....

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Fantasmas

São muitos factos que conseguem assombrar a nossa vida. Passamos por tantas fases que acabam por ficar situações por resolver - ou pelo menos aparentam isso - e entramos num ciclo vicioso sempre que nos deparamos com elas.

Existem "fantasmas" na nossa vida que se expressam em todos aqueles momentos que parece que o nosso passada invade o nosso presente e nos sentimos condicionados graças à sua presença. Não soubemos lidar com algo na devida altura e ela agora surge de novo para nos atormentar. Desta vez, temos ainda mais receio pois com ela vem a força do tempo, ou seja, se não resolvemos no momento certo, duvidamos conseguir resolver neste momento.

Paramos, bloqueamos, estagnamos, fingimos que nada se passa... Se calhar o melhor é evitar, mesmo sabendo que algo está ali. Talvez ele desapareça.

Mas estes "fantasmas" assustam apenas aqueles que os vêem. Afinal de contas, todos crescemos a ouvir "Não existem fantasmas" e então, porque é que achamos que eles estão ali? Talvez sejam apenas um produto da nossa imaginação...

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Dar é ajudar

Em tempos, alguém classificou a geração em que eu me incluía como a "Geração Rasca". Já depois disso falou-se da "Geração Bué" e mais recentemente falou-se na "Geração Morangos". Seja qual for a geração em que estamos, a grande maioria de nós anda preocupada com pequenos pormenores quando comparados com os de outras pessoas.

É verdade que a vida anda difícil para a generalidade da população, mas o conformismo das pessoas não ajuda em nada a melhorar. Além disso, criticar tudo e mais alguma coisa em vez de tentarmos ajudar a melhor, é sempre o caminho mais fácil. Tal como já disse, se queremos mudar o mundo, começamos por nos mudar a nós.

É muito bonito ver as campanhas de recolhas de fundos para uma dada causa ou então ver que as pessoas preocupam-se cada vez mais com a reciclagem. Perdoem-me a expressão, mas isso qualquer pessoa consegue fazer... Andei durante algum tempo à procura de um sítio onde pudesse dar algum tipo de ajuda a pessoas necessitadas. Mesmo com os meus "problemas" do dia-a-dia, sei que posso dar uma palavra amiga a alguém, mais que não seja para dar um pouco de orientação.

Felizmente, graças à empresa onde estou actualmente, integrei um grupo de trabalho comunitário onde ficarei responsável por um conjunto de actividades a realizar numa escola preparatória para ajudar jovens a tomar decisões e perceberem um pouco mais sobre o caminho que ainda têm a percorrer.

O que é pouco para nós, pode representar muito para outras pessoas...

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Momento do regresso

Depois de muitas peripécias e aventuras que marcaram a minha partida, estadia e regresso dos Açores, ainda estou em fase de readaptação à minha realidade.

Esta confusão de sentimentos e de estados de espírito deixa-me numa certa apatia e inércia que faz com que não tenha grande vontade de escrever, aliada principalmente ao facto de não saber ao certo o que fazer. Penso que mais cedo ou mais tarde as coisas vão começar a resolver-se, mas para isso, tenho de ser o primeiro a deitar mãos à obra.

Talvez com o tempo, comece a escrever um pouco sobre cada uma das situações, ou pelo menos, inspirado por elas.

Até lá...

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Na recta da meta

Abraçamos as tarefas em busca do cumprimento dos objectivos estabelecidos que nem sempre ficam estáveis ao longo do tempo. A meio do jogo, as regras mudam mas continuamos de camisola vestida para conseguir vencer esta partida.

Tudo fazemos para conseguir levar a nossa avante e levar o barco a bom porto. Vamos buscar energias onde não as temos, abdicamos de muitas coisas e cometemos sacrifícios, pois acreditamos que a recompensa vale a pena.

Então e quando estamos na recta da meta, com tudo à nossa espera e começamos a duvidar se era mesmo por aquele prémio que estávamos a lutar?

Duvido que alguém consiga responder...

Angra do Heroísmo aqui vou eu...

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Só acontece aos outros

Nada acontece por acaso e cada episódio da nossa vida tem o seu papel no nosso desenvolvimento e na nossa aprendizagem. Existem situações com as quais convivemos por acontecerem nos ambientes à nossa volta. Acabamos por as viver pois somos colocados frente a frente com elas, apesar delas não serem connosco.

Por tudo isto, ficamos baralhados quando estas vivências acontecem nas nossas vidas. Lidamos com elas, damos opiniões, ajudamos os outros a ultrapassar os problemas, tudo parece fácil excepto connosco. Parece que estamos mentalizados que as coisas só acontecem às outras pessoas e portanto, na eventualidade de nos acontecerem, então algo de grave se passa.

A principal tendência das pessoas é entrar em pânico. Se por um lado, sabemos o impacto que tudo aquilo teve na vida de outras pessoas, por outro temos a noção que cada caso é um caso e por isso começamos a temer que o nosso caso seja pior que o dos outros e que o nosso não tenha solução. Pior ainda é termos presenciado um caso sem solução e ficamos logo condicionados a pensar que o nosso irá seguir o mesmo caminho.

Vivemos mentalizados que há coisas que só acontecem aos outros e por isso não estamos preparados para as enfrentar. No entanto, apenas quem passa pelas situações sabe mesmo aquilo que acontece e como é que uma pessoa se sente. Podemos ter presenciado tudo enquanto espectador e podemos colocar muitas interrogações ou comentar, mas só o "actor" é que sabe verdadeiramente tudo sobre a narração.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

A arte de decidir


"As boas resoluções estão sujeitas a uma fatalidade - são sempre tomadas demasiado tarde
" Oscar Wilde

Esta frase parece quase um dogma da nossa sociedade dada a sua veracidade. No entanto, temos também de ver que depois de qualquer decisão, podemos sempre tomar uma nova decisão. É esta uma das provas da evolução natural da condição humana.

Uma pessoa pode estar bem, mas na verdade, pode ficar ainda melhor. Portanto, podemos tomar uma decisão correcta, mas pode haver sempre uma decisão muito melhor, da mesma forma que existem decisões erradas e outras ainda piores do que essas.

O estado da indecisão é dos que provoca maior desgosto na pessoa. Isto leva-nos a pensar a razão de estar nessa situação. Falta de vontade? Receio? Falta de alternativas? Devemos pensar bastante antes de tomar uma decisão, para termos a certeza que ponderámos de forma correcta todos os factores. Mas quando damos por nós, a decisão já vem tarde tal como Oscar Wilde afirma.

Ela que venha tarde, pois sempre é melhor do que estarmos à espera que outros decidam por nós...

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Condicionalismos

Temos situações em que temos medo de tornar "públicas" as nossas opiniões e/ou intenções. Ficamos com receio daquilo que as pessoas podem ficar a pensar de nós. Não queremos ser sujeitos a uma espécie de julgamento em praça pública, onde quantas mais forem as pessoas à nossa volta, maior é o número de advogados de acusação.

Obviamente que é fácil de dizer que ninguém tem nada a ver com a nossa vida e que não têm nada de estar a avaliar a nossa forma de estar ou os nossos comportamentos, mas o ser humano é assim mesmo. Nós próprios avaliamos os comportamentos dos outros, porque é que os outros não haveriam de avaliar os nossos?

Não digo que seja o máximo a fazer, mas sim o que devemos fazer. Comentários, maus olhares, e mais um rol de atitudes desprezíveis estarão sempre aqui ao lado mesmo à mão de semear e por isso terão sempre o mesmo valor: aquele que nós lhe dermos. Se nos deixarmos condicionar por esse tipo de comportamentos, quer dizer que lhes damos valor. Se vivermos, fizermos aquilo que quisermos, dissermos o que tivermos a dizer mesmo que seja de forma equilibrada, então estamos a desvalorizar aqueles comportamentos que pouco ou nada contribuem para o nosso dia-a-dia.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Ponto de Situação

Não existe uma razão implícita para eu ter deixar de escrever todos os dias como havia feito até há bem pouco tempo. Por outro lado, não estou de totalmente em falha, pois apenas falhei com dois textos. Não é que não haja nada para escrever ou razões para escrever, simplesmente existem outras coisas para fazer...

Não é que o blog me tire tempo ou eu esteja farto dele, simplesmente requer um pouco de inspiração e dedicação. Como diz um amigo meu "Não escrevas apenas por escrever ou para encher" e esta frase personifica e muito a minha forma de estar. Não gosto de fazer as coisas por fazer, quando as abraço quero dedicar-me e sentir-me a 100% para as poder realizar. Quero ter a certeza que não terei a tentação de deixar as coisas a meio, quero dar o meu melhor, quero sentir-me realizado.

Momentos de fraqueza, toda a gente os tem e eu em nada sou diferente. Caio, levanto-me e estou pronto para uma nova dose. Não escrevo tão regularmente? Bem, as palavras voltarão no momento certo...

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Verde é a esperança

Já há algum tempo para cá que tem estado comigo nos bons e nos maus momentos, mas aventuras e desventuras, nas loucuras e nas alturas de maior calma. Grandes tempos passados e muitas histórias para contar.

Acabas por representar aquele tipo de pessoas que às vezes achamos que não existem. Aquelas que pessoas que sabemos que podemos contar praticamente para tudo. Seja de noite ou de dia, uma pessoa acredita plenamente que pode contar contigo.

Porque existem pessoas que gostam mais de dar do que receber e que por vezes acabam por não receber uma palavra amiga, apesar de se sentirem realizados por poderem ajudar alguém, escrevi hoje esta mensagem especial para ti, alguém que felizmente posso incluir naquele grupo restrito de pessoas.

É sempre agradável saber que existem pessoas, simplesmente, boas... E fica a esperança de que existam mais como tu...

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Ter e não Ter

E quando damos por nós a achar que sim mas na verdade é não? O que fazer? Analisar tudo com cuidado? Para quê? Tudo pode não passar de uma simples ilusão.

Achamos que temos problemas e não os ter. Temos mas acabamos por achar que não temos...
Temos medo de tudo, mas afinal não temos medo de nada. Mas no nada está o medo...
Podemos estar acompanhados, mas sentir-nos sós. Quando estamos sós, queremos ter companhia mas se calhar já estamos bem acompanhados.
Temos sonhos que na verdade são pesadelos. Os pesadelos podem ser sonhos...
Temos as coisas na palma da mão, mas elas não estão lá...

Não temos nada, mas se calhar temos tudo...


"As ilusões sustentam a alma como as asas sustentam o pássaro."
( Victor Hugo )

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Só na escuridão

Imaginem o seguinte cenários: estão sentados num quarto totalmente escuro, onde não conseguem ver nada. Felizmente, conhecem o quarto e sabem o que está nele, simplesmente não o conseguem visualizar.

Pode parecer um contratempo para os nossos movimentos, mas não deixa de ser um desafio às nossas capacidades. Não estamos propriamente no desconhecido, é algo que completamente familiar mas com um ambiente diferente. Seremos capazes de fazer as mesmas coisas que antes? Muito provavelmente não, mas podemos tentar, tal como podemos tentar novas actividades...

Ali, poderíamos por exemplo, procurar um pouco de paz e sossego. Sós na escuridão, sem a capacidade da visão, desenvolvemos os restantes sentidos e concentramos-nos em tudo o resto. Mesmo que os olhos nada vejam, sabemos que está tudo ali...

Seja no quarto, seja em nós...

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

No devido lugar

Podemos achar que não somos bem vindos num determinado lugar. A dada altura começamos a colocar em causa todo o nosso valor e as nossas capacidades. Acreditamos que não é ali que nós pertencemos...

Onde quer que seja, quando existe um grupo de pessoas, qualquer uma delas tem o seu papel e por isso ninguém é dispensável. Mais cedo ou mais tarde, a importância da personagem irá revelar-se consoante o decorrer da peça. Mas de nada adianta estar expectante ou desiludido em relação ao momento dessa revelação.

Cada um é como é e aquilo que conquistou e/ou alcançou, será sempre um sinal de mérito independentemente dos critérios considerados para a atribuição de um dado estatuto. Se algo é nosso, é nosso de direito... Nada de extraordinário fizemos, não agradámos ninguém em particular, não alteramos a nossa forma de ser e de estar.

Simplesmente, assumimos o nosso papel e tomámos o nosso lugar...

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Sempre perto de mim

Hoje, queria poder fazer uma festa, nem que fosse apenas para mostrar o quanto sempre foste e sempre serás para mim. Muito provavelmente, iria tentar levar-te a algum sitio onde tu não quisesses ir e ofereceria qualquer coisa que não quererias receber.

Tal como sempre, passaria o dia a arreliar-te com as minhas piadas e brincadeiras e tu farias aquela cara de chateada, como quem não queria mostrar que estava divertida. Ouviria os teus reparos e alertas, que quase sempre fingia não entender, mas cuja mensagem ficava sempre retida.

Porque não esquecemos quem nos é importante na vida, eu sinto-te sempre perto de mim e nunca terei razões para deixar de sentir. Especialmente hoje...

Tu sempre foste tu...

10 de Fevereiro

Um dia quase perfeito

Pois é, mesmo após o caos em que a nossa vida fica após um conjunto de situações, é possível desfrutar dos prazeres que ela tem para nós. É bom chegar ao fim-de-semana e poder quebrar a rotina e poder experimentar um pouco de tudo.

Uma refeição com a família, um ensaio da banda de garagem, uma partida de futebol, uma petiscada ou uma ida para os copos, são apenas exemplos daquilo que se consegue fazer num só dia e chegar ao final da noite e dizer que foi perfeito.

Mas perfeito nunca será, porque haverá sempre qualquer coisa em falta...

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Estar vivo

É verdade que ando estafado faces aos diversos compromissos que vão aparecendo. Realmente, cada vez mais acredito que as pessoas têm reservas de energia guardadas para certos momentos.

Viver é isto. Enfrentar os maus momentos para poder desfrutar dos bons. Ter noção que podemos passar por situações complicadas, mas todas elas têm uma solução. Vivemos, em busca de algo, que às vezes não sabemos bem o que. Outras vezes sabemos, mas não sabemos onde o encontrar.

Podemos querer paz e sossego, mas um pouco de agitação e risco traz-nos a vitalidade e adrenalina que precisamos para aproveitar melhor o dia-a-dia.

Temos aventuras e momentos de glória e virtude, tal como cometemos loucuras e fazemos disparates. Aprendemos com os nossos erros e evoluímos graças à nossa auto - crítica. Vivemos de forma calculista ou de forma relaxada, ganhamos e perdemos, ensinamos e aprendemos, onde cada dia trás algo de novo mas também nos dá apenas mais do mesmo.

Nada é perfeito, nem tudo são maravilhas. Mas vivemos, porque podemos. E só não vivemos mais, simplesmente quando não queremos…

Às vezes, apenas precisamos de um pequeno empurrão.

Boa Noite!

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Lá no fundo

Podemos achar que batemos no fundo e que não podemos ficar pior. Nessa altura, vem a vida novamente e trata de nos mostrar algo que certamente não estávamos à espera. Tudo pode ficar ainda pior, mas também podem não haver razões para não acreditar que tudo vai melhorar a partir dali...

É quando estamos no fundo que damos o valor às coisas. Sentimos aquilo que tínhamos quando estávamos lá em cima. Lembramos-nos daquilo que atravessámos até chegar a esta situação e ficamos conscientes do que queremos evitar. Então, resta encontrar formas para não passarmos de novo pelo mesmo.

Podem haver obstáculos no caminho de regresso até à superfície, mas a recompensa merece o esforço que despendemos para os ultrapassar.

Boa noite!