quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Sonhos, Planos e Actos

Hoje, passei o dia a pensar na estreia do meu blog. Curiosamente, centrei a minha atenção no título que atribuí ao meu primeiro post.

Fazendo uma retrospectiva aos meus comportamentos desde há uns anos até agora, reparei num determinado padrão: Rigidez. Há quem me considere rigoroso, metódico ou mesmo perfeccionista. Muitos de vocês podem pensar que não existe nenhum problema nesta forma de ser. À primeira vista, nem eu próprio classifico isto como um problema, no entanto, é algo em que devo ponderar.
Este blog estava previsto há mais de 2 anos mas só ontem ele veio para o ar. De um dia para o outro, escolhi o tema, defini o template, reuni ideias para os textos. Porquê?

Atinjo níveis de motivação elevadíssimos sempre que começo a preparar algo que desperte o me interesse ou cative a minha atenção. Acabo por ser de uma dedicação extrema e até mesmo desenfreada nestes pequenos episódios com que me vou cruzando. Tenho cadernos e cadernos onde registo as minhas ideias, passo noites em branco a pensar em como posso ligar uma ideia a outra, ou então que mais é que posso inovar. Analiso as situações ao pormenor para que nada me escape. Sim, tenho método de trabalho. Mas serei eficaz?

No dia em que eu quiser fazer uma casa, acho que vou pensar em todos os detalhes possíveis e imaginários. Esqueço-me é que quanto mais ao pormenor uma pessoa vai, mais pormenores vão escapando. E aqui deparo-me com um desequilíbrio: o encadeamento das ideias. Existem alturas em que estou a pensar em 4 ou 5 aspectos diferentes ao mesmo tempo, pelo que a produtividade acaba por diminuir.

Espontaneidade comigo verifica-se quando subitamente ocorre um "click" na minha cabeça, sinal que as ideias estão todas encadeadas e é só colocar mãos à obra, pois o plano está todo delineado. Na minha cabeça, sinto que sei quais os passos devo dar, quanto tempo posso demorar em cada tarefa, a quem me devo dirigir para resolver determinado problema...

"Então e quando não há esse "click"?" perguntam vocês. Pois, esse é o problema... Sinto-me apático, fico impávido e sereno como se nada à minha volta fosse comigo. Uma pessoa quer vencer, mas acha que não há nada onde se possa competir... E mais uma vez, a espontaneidade não é bem o meu forte. Parece que preciso de saber que existe já um carril que eu devo percorrer e se me afasto um pouco desse carril, algo está errado.

Sinto-me seguro quando aparentemente tenho tudo sob controlo e ponderado, mas por outro lado quero soltar-me destas amarras e deixar-me seguir por impulsos…

O destino não existe, apenas o poder da nossa vontade.

3 comentários:

Anónimo disse...

Man... a sério. Linhas Cliché no fim - Não. Senão parece um livro mau do Paulo Coelho.

Tavas a ir bem .... :D :D :D

Um abraço.

Hugo Malcato disse...

Lost Horizon my friend ;)

Anónimo disse...

bom comeco