terça-feira, 27 de maio de 2008

Conversas vazias

Em muitas pessoas, uma mudança radical acaba por provocar um desequilíbrio emocional de tal forma forte que ficam a sentir-se desamparadas e sem qualquer tipo de apoio. Não sabem o que fazer e por vezes precipitam-se e agarram-se à primeira ilusão de "suporte" que encontram no caminho.

Nestas fases, pensamos no que não deu certo, em que é que errámos, o que é que podemos fazer para corrigir tudo... Gostávamos de ter um comando e regressar ao passado...

Alimentamos esperanças de ter a oportunidade de dizer qualquer coisa que ficou por dizer. Imaginamos as palavras que gostávamos de ouvir do outro lado. Mal damos por nós, estamos a escrever conversas na nossa imaginação e ficamos à espera do dia em que vamos ter essa conversa. E se não houver esse dia?

Pode ser que ninguém nos queira dar ouvidos. Pode ser que aquelas palavras não sejam as mais certas. Pode ser que queremos dizer algo apenas porque fica bem e não porque acreditamos nisso. Podemos ter o mundo completamente ao contrário e não ter a certeza do que estamos a dizer...

A conversar, as pessoas entendem-se. No entanto, para tal acontecer, é preciso a conversa proporcionar-se e dizer o que há para ser dito no momento certo... Se tal momento alguma vez existir...

"You talk all these words
You make conversations that cannot be heard

How long until you notice that

No one is answering back?"
David Fonseca - Someone that cannot love

PS: Força para ti...

sábado, 24 de maio de 2008

É chegado o momento...

A vida é composta por ciclos e por fases e a mim parece que há um desses períodos que está prestes a terminar. Talvez seja o momento de dizer basta antes que fique demasiado embrenhado em toda a situação...

Posso dizer que nesta fase passei alguns dos melhores momentos da minha vida. Conheci pessoas que jamais esquecerei, tive um pouco por toda a parte e fiz um pouco de tudo. Aprendi e ensinei, ouvi e transmiti opiniões, ri e chorei. Consegui encontrar a felicidade que julguei não existir para mim.

Tal como tudo, também aqui a vida foi um carrocel com os seus altos e baixos de levar uma pessoa à felicidade extrema bem como ao "desespero" total. Já chega... Não é que não sinta falta, não é que não vá ter saudades, não é que não precise. Não é um adeus, mas simplesmente, chega...

Posso desistir quando estou a ganhar, mas se calhar só estou a perder. O tempo o dirá... Sinto que já não é lugar para mim - mesmo que ele exista e eu o veja... Não preciso nem quero chatear-me mais. Abdiquei de muita coisa, virei as costas a certas lutas e muito mais para aproveitar esta fase. Até hoje... Já vivi tudo isto com tal intensidade que hoje olho e penso se algumas das coisa terão valido a pena. Apesar de tudo, penso que sim...

Agora, é a vez de outros... Quanto a mim, amanhã é um novo dia...

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Mais palavras

Quantas vezes é que dissemos algo e ficámos com a sensação que as pessoas não acreditaram? Ficamos desapontados e pensamos no que mais podemos fazer para confiarem em nós. Mas na maioria das ocasiões somos inconsequentes, pois a primeira impressão acaba por ser a mais forte e nessa, alguém não acreditou em nós...

Custa depois pensar que não vale a pena falar, pois do outro lado ninguém nos quer ouvir. A ideia já está formada e de nada nos vale tentar provar o contrário, pois poucas são as hipóteses de termos sucesso.

Mais tarde, acabamos a fazer algo que leva essas pessoas a achar que tinham razão em não acreditar em nós. Mas isso foi uma consequência, e não uma causa...

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Instinto paternal

Certos gestos acabam por ser um pouco natos nas pessoas como se fossem um talento especial e não algo que vão aprendendo ao longo do tempo. Claro que se pode ganhar o jeito, mas acaba por haver sempre um toque especial que parece ser quase genético.

Claro que está nos meus planos, um dia poder ser um exemplo para alguém e conseguir proporcionar-lhe uma boa educação. Mas ainda mais valoroso, é o facto de sentirmos que está ali uma "parte" de nós. O seu futuro, será uma consequência do nosso presente. Atenção, compreensão, carinho e apoio são fundamentais para o crescimento de uma criança.

Quando dão os primeiros passos, após a queda estará lá alguém para o ajudar a levantar-se. Com o tempo, ganhará o hábito de erguer-se por si e não estar dependente de terceiros. Estarão os pais disponíveis para um dia libertar as crianças, de forma a que estas possam aprender por si a ultrapassar certas barreiras? Ao longo da sua vida verão que as "quedas" são importantes para poder aprender...

Uma criança cujo pai não larga o selim, nunca conseguirá andar de bicicleta sozinha...

Boa noite!

PS: Em baixo, um pouco do meu instinto paternal


Fonz & Miguel

domingo, 18 de maio de 2008

Obrigado Sporting!

Nada mais me interessa e não falo de terceiros. Para quê alimentar polémicas e gerar conflitos? Para quê falar dos outros em vez de me preocupar apenas com o que é meu?

És tu, SPORTING, uma das minhas paixões de sempre e por isso obrigado por mais esta alegria.

FORÇA SPORTING!


sábado, 17 de maio de 2008

Palavras de apoio

A todos que não tive a possibilidade de desejar as maiores felicidades, aproveito para deixar os meus votos de todo o sucesso para esta nova etapa que se avizinha.

Com alguns tive a hipótese de falar, com outros tal ocasião não se proporcionou, mas independentemente disso desejo o melhor para todos sem qualquer excepção. O que importa não é o que se coloca numa fita, mas sim aquilo que se sente de verdade...

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Uma casa, Um lar

Preparar o futuro com antecedência sempre foi um dos meus lemas. Não devemos estar à espera que as coisas aconteçam e por isso temos de dedicar um pouco de nós em prol daquilo que queremos alcançar.

Mesmo ainda sendo jovens, todos temos responsabilidades. Uns livram-se delas e refugiam-se da forma como podem, outros assumem-nas com determinação e vontade. E preparar o local onde se vai viver é uma grande responsabilidade, para no fim de tudo termos ainda mais gozo por estar ali um pouco de nós.

Neste caso, existe já uma casa mas o desafio é preparar um lar. Grande parte do futuro será passado ali e por isso o mais pequeno passo em falso pode comprometer muito do que pode estar para vir. Muito pode ser ali feito, mas o que é que é mesmo necessário? Qual o objectivo? O que se pretende? Já disse. Quero um lar... Onde me sinta bem. Onde possa descansar e desfrutar tudo aquilo que aquele lugar possa proporcionar-me. Um sítio onde possa receber e conviver com os que me são mais próximos.

Luxos? Excentricidades? Não são vitais para aquilo que se pretende... Quero simplicidade e funcionalidade, não quero fazer ver a ninguém...

Quero ter um lar e para tal não preciso de um casa de encher a vista. Preciso de sentir que tenho ali o que quero e preciso...

domingo, 11 de maio de 2008

Martinha

Hoje foi o dia da minha Martinha. Certo que costumo dizer que gosto mais de cães, mas esta boneca tem captado a minha atenção. Feliz aniversário Marta!

Quanto a mim, a equipa de futsal fica para daqui a uns anos...

Silêncio do Tom

Remetendo-me ao silêncio, tudo à minha volta continua o seu caminho, num claro sinal de que nada fica parado à minha espera.

Aquilo que podia ser dito acaba por ser complementado por gestos e atitudes.. Apatia acaba por existir sobretudo por não encontrar forma melhor de concretizar algo. Existem palavras para descrever tudo e não é que custem a sair, mas acredito que um dia podem aparecer palavras novas. Ou então, eu me aperceba que não é necessário dizer.

O tempo encarregar-se-á de tornar o inexplorado em evidente, o confuso em claro, o estranho em normal...

No silêncio nos questionamos... No silêncio, comunicamos...

Tens tanta doçura
Tens tanto saber

Viverás comigo até morrer

Escstunis - Silêncio do Tom

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Hoje

Hoje falei e ouvi assim como me remeti ao silêncio e nada captei... Muitas palavras soaram enquanto que outras não tiveram o devido som. Transmiti opiniões e dei justificações, não por obrigação, mas por necessidade. Esbocei gestos e lancei olhares. Será que a mensagem fica?

Em certos momentos parece que o tudo é nada e o nada é tudo e toda esta confusão não nos permite compreender o verdadeiro significado das coisas. Muito pode ser dito e mil interpretações podem ser feitas. Palavras e gestos às vezes não passam disso, pois cada um dá-lhe o significado que quiser.

Recordações e lembranças... Certezas e dúvidas... Orgulho e arrependimento... Tudo é nada, nada é tudo. Ganhamos asas e partimos para um voo... Ou então temos medo de tirar os pés da terra.

Nada fica escondido, apenas não é necessário ser visto. E nos outros dias, tal como hoje, o importante não é demonstrar ou provar, é sentir e acreditar na existência de algo... Seja comum ou extraordinário...

terça-feira, 6 de maio de 2008

Neste dia

Faz hoje dois anos que assumi mais um papel importante na minha vida: Alguém teve a coragem de me convidar para seu "padrinho" de casamento.

Acabou por ser um dia em cheio, especialmente na conservatória onde fiz o favor de incendiar as hostes e deixar a noiva ainda mais nervosa no momento em que foi dito "Alguém tem alguma coisa a dizer contra este casamento?" - altura em que esbocei uns ruídos que lançaram o pânico... Muitas palavras soaram e muitas coisas se revelaram daí em diante.

Como se não bastasse, nesse mesmo dia, ainda tive o jantar de aniversário de três dos meus melhores amigos. Depois de um casamento, veio mais um pouco de paródia.

E como não há duas sem três, a noite acabou na semana académica de Lisboa em representação da faculdade e a coordenar o bar. Mais um pouco de paródia, mais conversas, mais contactos... Encontrar pessoas que não via há séculos, receber palavras amigas e encorajadoras.

Um novo ciclo estava a começar. A minha vida estava a mudar... Novas realidades, novas responsabilidades, novos desafios...

Boa noite!

PS: Parabéns aos meus tios pelo seu aniversário

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Um mundo pequeno

Vivemos mesmo num mundo pequeno onde parece que toda a gente conhece toda a gente. As pessoas sabem exactamente aquilo que se passa na vida dos outros, seja por estas vidas estarem frequentemente expostas ou seja pelo facto das pessoas se intrometerem na vida dos outros.

A vida dos que nos rodeiam acaba sempre por influenciar um pouco a nossa, pelo que a curiosidade em compreender o que se passa leva-nos a entrar em domínios que não são os nossos. Podemos ter uma palavra a dizer na matéria, mas para tal, a palavra deve ser pedida e não devemos querer da-la à força.

Infelizmente, existe por aí muita gente que preocupa-se mais em "viver" a vida dos outros, em vez de viver apenas a sua. É uma fraqueza de espírito que leva à geração de conflitos e influências negativas perante pessoas que não conseguem encontrar o seu equilíbrio e acabam por se agarrar às primeiras palavras que lhe soam mais adequadas. E assim se estragam muitos momentos...

É esta a pequenez em que vivemos, sujeitos à invasão de privacidade e a tentativas de persuasão e de influência, sem se conhecer a vontade da outra pessoa. Uma opinião transmite-se para demonstrar um ponto de vista e ajudar alguém a tomar uma decisão e não para induzi-la a cometer um acto que poderá sempre parecer acertado, mas no fundo, nunca existir qualquer razão nos comportamentos...

Não concordo com estas "manipulações" e não gosto que se metam na minha vida. Falar é muito fácil, sobretudo quando só se sabe metade das histórias. Só uma pessoa sabe aquilo que sente e atravessa e aquilo que quer e ambiciona. Só ela sabe o que consegue e quer fazer. Os outros, se não quiserem "colaborar" ao menos que não bloqueiem o caminho.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Um pacto

Estabelecemos acordos pelas mais variadas razões, desde particulares a profissionais, bilaterais ou multilaterais, por aí fora... Supostamente, neste tipo de situações, existem direitos e deveres para ambas as partes, onde se pretende chegar ao benefício de todas as partes envolvidas.

Mas quantas vezes isto acaba por não se verificar? Há pessoas a quem algo não chega e querem ainda mais e por isso levam tudo aos extremos para conseguírem nem que seja apenas mais uma gota de água. Parece que o seu objectivo é querer ter mais que os outros. Curiosamente, a maioria dessas pessoas é exactamente aquela que menos quer oferecer. Receber sim, dar já é outra conversa.

Um pacto ideal passa pela livre e espontânea vontade de oferecer algo a alguém que necessite, não por obrigação mas sim por atenção. Claro que ficamos à espera de um dia podermos ter algum tipo de retorno, mas se nunca o tivermos pode ser que isso seja sinal de nunca termos necessitado dessa retribuição. Para quê dar aos que acham que estamos sempre em dívida com eles em vez de ligar aos que se mostram disponíveis para nós?

Boas pessoas vêem-se nas ocasiões e quem nos desilude são aqueles que mais exigiram de nós e que na hora da verdade, não tiveram a coragem de fazer algo mais por nós. Quando muitas das vezes basta um sorriso ou uma palavra amiga...

Fazer por querer e não por obrigação... Ser capaz de receber sem querer nada em troca... Agir naturalmente, sem qualquer tipo de intenção... Ser capaz de reconhecer esforços, sacrifícios e dedicação por mais banais que possam ser. Boas intenções podem parecer simples, mas para outros podem significar muito...