sexta-feira, 27 de junho de 2008

Marcar posição

Por mais dificil que possa parecer, tem de chegar um momento em que temos de ter coragem para dizer "Basta". Muitas vezes, aproveitam-se de nós apenas porque nós pactuamos com os comportamentos dos outros.

Da mesma forma que se costuma dizer "Atrás de um grande homem, há sempre uma grande mulher" - ou expressões similares - devemos saber rodear-nos das pessoas certas. Serão elas que conseguirão despertar o melhor que há em nós. Talentos, capacidades, sentimentos, etc.. são estimulados pelo ambiente em que estamos inseridos, e nele encontram-se as pessoas com quem partilhamos o nosso dia-a-dia.

Existem muitas formas de nos fazer mostrar o nosso melhor, desde a vontade de nos ouvir até à capacidade de observar os nossos passos. Quem sabe se o melhor de nós não está nos mais pequenos pormenores?

Por outro lado, todos precisamos de acompanhamento e orientação. Por mais decididos e convictos que sejamos, vale a pena conhecer o outro lado da nossa posição. Temos de aprender a conviver com o oposto, temos de saber ouvir um "Não" quando preferíamos um "Sim" e vice-versa. Temos de ser contrariados para sabermos marcar efectivamente uma posição, em vez de fazer as coisas "porque sim".

Acabamos por ter certos instintos que não sabemos controlar e não sabemos as consequências dos mesmos. Pensamos estar certos, quando não o estamos. E pior, as pessoas não dizem ou não têm capacidade para nos mostrar que estamos errados. Não conseguem marcar uma posição quando estamos errados e deixam-nos errar sucessivamente...

Pior ainda, quando se prefere estar com aqueles que nada dizem...

quarta-feira, 25 de junho de 2008

"Vale a pena?" - Continuação

"Tudo vale a pena quando a alma não é pequena."

Fernando Pessoa

A nossa ou dos outros?

Vale a pena não ligarmos a tudo o que nos leva a pensar que não vale a pena fazermos algo por alguém ou vale a pena caso a alma dessa pessoa seja valorosa?

Nesta altura, a minha resposta é fácil...

domingo, 22 de junho de 2008

Vale a pena?

Tal como certas pessoas não merecem a nossa resposta ou sequer a nossa atenção, muitos de nós temos certas palavras atravessadas na nossa garganta que não devemos dizer. Com o passar do tempo, vamos acumulando um rol de acontecimentos mas que não transmitimos e limitamos-nos a deixar a bola correr...

Se calhar ficamos à espera que as coisas se resolvam. Se calhar pensamos que é um episódio passageiro que não voltará a acontecer. Se calhar temos medo de falar nisso ou achamos que não é da nossa competência.

Pois bem, mas há de haver uma altura em que chega o momento que já não sabemos mais o que fazer. Sentimos-nos sós, abandonamos, trocados, etc... e tudo parece valer a pena para conseguir voltar atrás. Será que vale? Merecem essas pessoas, que em certa medida abusaram de nós, disseram injustiças e deixaram-nos mal, ouvir conselhos da nossa parte?

Serão elas pessoas que mereçam o nosso respeito e consideração? Valerá a pena ajuda-la a corrigir o seu comportamento, quando ela já não é nada para nós?
Perdeu-se a oportunidade de aproveitar algo nosso para as ajudar. Consideraram-se superiores a tudo e donos da razão e da verdade. Ora bem, fiquem com as vossas ilusões e "certezas" que as nossas palavras e os nossos gestos ficam guardados para quem lhes dá efectivamente valor...

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Uma chama na noite

Mesmo passando certas noites em branco, podemos olhar à nossa volta e observar aquilo que temos.

Lembramos, revivemos, saudamos... Pensamos no que temos ali ou no que já ali tivemos... Todos os momentos de emoção ou horas a olhar para todo aquele sossego. Estados opostos mas compatíveis por alimentarem sentimentos.

Saudades do muito que se viveu e que já não se tem... Esperança de poder sentir de novo tudo aquilo que pareceu pouco, mas que acabou por saber a muito... Um dia houve e o amanhã será um novo dia. Resta esperar o que ele nos trás...

Um dia a chama acendeu-se... Pode cair no esquecimento, mas isso não quer dizer que se apagou. Quando ela é verdadeira, é também eterna... Aquece... Ilumina... Ela distingue o natural do superficial...

believe it's meant to be, darling
I watch when you are sleeping, you belong to me
Do you feel the same, am I only dreaming
Or is this burning an eternal flame?
The Bangles - Eternal Flame

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Sonhar?

Existe uma mensagem a captar por trás dos nossos sonhos? Será que o nosso corpo quer transmitir-nos qualquer coisa que nós não conseguimos analisar no nosso dia-a-dia?
Este é um grande mistério para todos nós, que não sabemos o significado a dar a qualquer coisa que nos surge a meio da noite e ocupa o nosso sono. Momentos em que temos vontade de dizer algo e nada sai e onde temos personagens na nossa mente que se calhar achamos que não deviam estar lá. Mas porque é que estão?

Há momentos em que bloqueamos e ficamos presos a pensar naquilo que sonhámos. Pode ser apenas um sonho, mas se for verdade? Saberemos lidar com tudo aquilo? Penso nisto porque fico quase sempre a pensar se tudo aquilo foi bom ou mau, como se estivesse na fronteira entre um sonho e um pesadelo.

Provavelmente, não representa nada... Só mais um episódio da mente a deixar-nos a pensar...




Dream Evil Lyrics

terça-feira, 10 de junho de 2008

Portugal

Amália, Camões e Eusébio são apenas algumas das principais figuras emblemáticas deste pequeno pedaço de terra que encontramos no sudoeste europeu. Um país que em tempos dominou o mundo através dos mares e que na minha opinião não soube aproveitar toda a sua hegemonia...

Quando temos, não sabemos aproveitar. Quando não temos, choramos a sua falta sem nos lembrarmos das falhas cometidas no passado. O que fazemos ecoa para a eternidade e hoje estamos a pagar o preço de toda uma história marcada por "Chico-Espertismo", "Oportunismo" e "Deixa andar". Basicamente, o espírito lusitano...

Muitas são as causas e muitos são os responsáveis... Por um lado temos aqueles que tudo apontam e tudo criticam, sem capacidade construtiva e com o tradicional discurso do "bota-a-baixo", nuns permanente noutros aparece em ciclos de quatro anos. Sabem o que é que está mal e o que importa é falar nisso, para quê apontar soluções? Criticar é que tem piada...

Os outros, são os conformados. Pessoas que baixam os braços e em quase todas as suas frases dizem "Tem de ser", "É complicado mas é necessário", etc... Tudo o que aparece é uam boa solução e portanto toca a aguentar a bronca e tirar o melhor proveito que for possível da situação.

Dinamismo? Empreendedorismo? Renovação? Pouco disso se vê por cá... Nós por cá, estamos na grande maioria num destes dois grupos, embora possamos ir alternando entre eles. Digam-me se conhecem alguém diferente pois eu sinceramente não conheço. Pelo menos cá...

Fado simboliza toda a nossa forma de ser, futebol é das poucas coisas que consegue unir o país e as telenovelas parecem ser o ideal de vida para uma grande parte da população. Existe sucesso, mas a grande maioria verifica-se lá fora, porque cá não se é reconhecido e não há condições... Porquê? Se calhar porque simplesmente já não acreditamos... Uns apenas criticam, outros baixam os braços...

Pobre, muito pobre este pedaço de terra... De objectivos, de cultura, de valores...

Pensem nisto...

domingo, 8 de junho de 2008

Codigo Da Vinci

Foi neste dia em 2006 que tive a oportunidade de ver o filme baseado numa das obras mais controversas dos últimos tempos: O Código de Da Vinci. Trata-se de uma história retirada da mente genial de Dan Brown, por muitos condenada face à polémica lançada, sobretudo em torno da vida pessoal de Jesus Cristo e que eu recomendo vivamente a sua leitura ou visualização do filme.

Na verdade, a obra acabou por cativar-me graças às críticas lançadas em relação à Igreja Católica. Mesmo que considere exageradas as personagens e o nível de organização retratados na obra, acredito que muito daquilo pode ser mais do que ficção e representar um bom ponto de vista sobre os "podres" duma instituição como a do Vaticano.

Sem querer condenar a fé ou a crença, a religião enquanto organização é que acaba por degradar toda uma orientação ou espiritualidade. Reparemos na quantidade de conflitos, lobbies, escândalos, etc que presenciamos hoje em dia, todos eles proporcionados pelos dogmas e regimes instituídos pelas mais diversas religiões.

Pior do que persuadir a atenção das pessoas, assistimos à tentativa de manipulação de pensamentos. E tal como em muitas outras situações na vida, aqueles que mais falam e mais tentam influenciar os outros, acabam por ser aqueles que menos moral têm para dar e pouco ou nada servem de exemplo para uma comunidade.

Uma mensagem passa-se pelo todo e não apenas pelo que convém...

terça-feira, 3 de junho de 2008

Fica a dúvida...

Nunca escondi a necessidade de sentir uma palavra de apoio ou de reconhecimento. Sinto que é mais fácil apontar o dedo para criticar do que dirigir a palavra para elogiar. Talvez seja por isso que também nunca tenha sido pessoa de elogiar os outros.

Mais estranho ainda, é o facto de frequentemente duvidar dos elogios que possam ser feitos. Cinismo? Hipocrisia? "Graxa"? Reparem no teor negativo das três primeiras palavras que me vieram à cabeça...

Quer dizer, por um lado procuro uma palavra amiga mas por outro desconfio? Onde está o sentido de tudo isto? Penso que o desconfiar do elogio, prende-se à raridade de tal acontecimento que faz uma pessoa estranhar tais palavras.

Sabe bem ouvir um "Parabéns" ou um "Tiveste muito bem" ou mesmo "Olha, podes melhorar em X ou Y". Talvez seja uma preocupação exagerada em saber o que os outros pensam ou uma certa necessidade de atenção. Faz impressão ser tema de conversa - por vezes invejado - mas alimenta o ego saber que tal acontece.

Porque às vezes as coisas acontecem e nós não reparamos nelas, ou então temos crises de confiança e auto-estima, há uma frase que já me ouviram dizer mais de mil vezes. Com ela fica a dúvida:

Ainda gostas de mim?