sexta-feira, 30 de novembro de 2007

O melhor amigo do Homem


Hoje senti-me influenciado pela minha "Parceira" para escrever aqui. O seu orgulho quanto à sua cadela deixou-me a pensar o quanto eu adoro os cães.

Tem piada que eu quando era pequeno morria de medo de cães. Os padrinhos do meu pai tinham um pastor alemão enorme, que ladrava até dizer chega e eu tremia por todo o lado cada vez que o avistava. Além disso, houve um dia em que cheguei a ser mordido por um cão, principalmente devido à minha ingenuidade que simplesmente decidi puxar-lhe o rabo...

Sinceramente, não me lembro quando é que eu perdi o medo. No entanto, tenho a certeza que foi nessa altura que eu passei a adorar cães. Hoje em dia, sou daqueles que passam pela montra das lojas e tiram fotos aos animais.

São considerados o melhor amigo do homem pois a cumplicidade que se verifica entre uma pessoa e um animal é fantástica. Ele consegue detectar quando estamos em baixo, quando precisamos de um pouco de atenção e carinho. Quem é que nunca passou pela situação de chegar a algum lado e ser reconhecido por um cão que o conhecesse e que fizesse uma enorme festa? Aqueles que já passaram por isso sabem perfeitamente o impacto que isso acaba por ter na auto-estima de uma pessoa.

Chegar a casa estafado do trabalho e ter o bicho à espera de uma festa ou uma pequena brincadeira acaba por desanuviar uma pessoa e permite que ela consiga espairecer e desligar-se de tudo o resto. Um cão acaba por se afeiçoar a nós de tal forma que mesmo sem nos apercebermos , a sua companhia é fundamental para nós.

Infelizmente, nunca tive a oportunidade de ter um cão "só meu". A intransigência dos meus pais sempre foi mais forte do que a minha persistência. Ainda assim, são muitos os cães de quem eu me lembro frequentemente e que eu estimo bastante quando estou com eles.

Na foto, pode-se ver o Doky, o único cão que eu alguma vez considerei que fosse praticamente meu. Passeá-lo, dar-lhe banho e dar-lhe de comer ou até mesmo ficar acordado pois ele fugia para passar a noite fora de casa, penso que tudo isso valia a pena. Mais que não fosse pelo facto de ser espectacular poder correr com ele, fazer-lhe festas e mete-lo tonto de tanto andar às voltas, ou então de ver ele aos pulos de alegria pelo simples facto de me ver...

Os cães são espectaculares, sejam pequenos ou grandes, de raça ou rafeiros, a verdade é que são mesmo uns excelentes amigos.

Até amanhã!

PS: Hoje escrevi mais cedo pois deitar às 4H e levantar às 8H é um pouco violento.

Medos & Receios

Para conseguirmos ultrapassar os nossos medos e receios, primeiro temos de ter a coragem para os enfrentar. Mas o importante é não desistir.

Muito provavelmente, não seremos capazes de os enfrentar de livre e espontânea vontade. Podemos preparar-nos psicologicamente para esse momento, mas no momento da verdade sabemos perfeitamente que podemos fraquejar e que por mais que tivéssemos mentalizados para aquela situação, algo poderia correr como nós não esperávamos.

Confesso que por vezes sou excessivamente expectante com as situações, acabando por sofrer por antecipação. Lá está a profundidade da minha mente a falar, levando-me a criar N cenários para os quais eu tento arranjar uma solução. Mas nem sempre essa existe, ou então, a melhor está única e exclusivamente na improvisação.

Tenho vindo a aprender a estar mais solto... Não procuro enfrentar os meus medos, mas também não os evito. Acabo por agir de forma natural pois no momento certo sei que conseguirei dar o melhor de mim e ultrapassarei as barreiras criadas pela minha imaginação que acabam por distorcer os meus juízos.

Hoje sei e sinto que mais cedo ou mais tarde, eu consigo desembaraçar-me de qualquer problema com que me depare. Para tal, basta eu acreditar em mim e nunca me sentir inferiorizado...

Boa noite!


quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Brincar aos Adultos

Este é um tema sobre o qual eu já pensei e já escrevi inúmeras vezes. Vejo na nossa sociedade uma lacuna muito grave ao nível da educação, que reflecte o desenvolvimento económico-social que se tem verificado.

Obviamente que não defendo os valores supostamente morais defendidos noutros tempos longínquos, no entanto, penso que existe um hiato bastante elevado entre a educação de hoje em dia e a educação de há alguns anos atrás.

É um fenómeno social que se verifica em grande parte devido ao facto dos portugueses serem pais cada vez mais tarde e acabam por proteger em demasia os seus filhos. Sinto que os jovens são ultra-protegidos hoje em dia, o que os impede de ter um desenvolvimento natural e instintivo. Na verdade, acabam por viver debaixo das "asas" dos pais, que toleram grande parte dos comportamentos. Para mim, a maioria desses comportamentos é totalmente inadmissível.

Estamos perante um antagonismo abismal, visto que por um lado, os pais protegem em demasia os seus filhos, acabando por dar-lhes razão por tudo e por nada e atender a quase todas as suas vontades. De facto, esta situação leva os jovens a pensar que têm mais poder e mais importância do que é real. Julgam-se maduros ao ponto de poder tomar determinadas atitudes e comportamentos, como se estivessem completamente preparados para tudo isso.

É cada vez mais comum ver os jovens a opinar sobre temas que se julgam extremamente informados e que são os maiores especialistas na matéria. Os pais assistem a tudo isso orgulhosos, conscientes que o seu filho tem um futuro brilhante pela frente, incentivando-o a continuar com as suas acções. "Não interessa o quão ridículas elas possam, desde que essa seja a vontade do filhote, nós como pais temos de o apoiar pois não queremos que ele se vire contra nós".

Pois bem, se chega ao ponto dele se virar contra os pais, quer dizer que os pais já não têm controlo sobre os filhos. Julgam que são reis e senhores, que estão de igual para igual com toda a gente e podem falar como bem entenderem.

Mas pior de tudo, é que os pais depois continuam dispostos a defender os filhos, mesmo que eles tenham errado, mesmo que eles tenham excedido os limites... Filho é filho e não pode ser abandonado podem alguns pensar. A isso eu respondo com o velho ditado coreano:

"Em vez de dares o peixe, oferece uma cana e ensina a pescar"

Gritos Mudos

Porque às vezes não dizer nada é dizer muito...
Porque um gesto vale mil palavras...
Porque quem decifra um olhar sabe ler uma mente...

Aquilo que é realmente importante fica sempre por dizer. Os nossos actos acabam por falar por nós quando a nossa voz não consegue emitir qualquer som.

Existirá sempre algo por dizer... Todos faremos conversas na nossa cabeça, mas que nunca serão mantidas com o receptor desejado.

Haverá sempre qualquer coisa que vamos guardar dentro de nós, como medo do impacto que isso possa ter na nossa vida.

Para vocês, deixo esta letra de Madonna:

Live to Tell

I have a tale to tell
Sometimes it gets so hard to hide it well
I was not ready for the fall
Too blind to see the writing on the wall
 
A man can tell a thousand lies
I've learned my lesson well
Hope I live to tell
The secret I have learned, 'till then
It will burn inside of me
 
I know where beauty lives
I've seen it once, I know the warm she gives
The light that you could never see
It shines inside, you can't take that from me
 
The truth is never far behind
You kept it hidden well
If I live to tell
The secret I knew then
Will I ever have the chance again
 
If I ran away, I'd never have the strength
To go very far
How would they hear the beating of my heart
Will it grow cold
The secret that I hide, will I grow old
How will they hear
When will they learn
How will they know

Até amanhã!

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Reencontro

Mais uma prova de como as coisas fortes resistem a tudo, sobretudo ao tempo...

Estive hoje com uma pessoa que conheço há cerca de 20 anos. Devemos ter partilhado uns 10 anos da nossa vida, sempre juntos na escola, actividades extra-curriculares, vizinhos de bairro,etc... Ao fim destes anos todos e apesar das devidas diferenças, continuamos iguais. A nossa amizade está intocável, falamos um com o outro da mesma forma que falávamos há 10 anos.

Por outro lado, o meu gosto pela música deve-se principalmente há convivência com duas pessoas: o meu professor na preparatória (que é invisual) e um outro amigo de infância. Com este amigo, formei a minha primeira banda, foi ele que me apresentou a algumas das minhas bandas preferidas actualmente, foi com ele que tive aulas de viola. Tudo começou em 1996...

A nossa amizade ficou ainda mais reforçada quando ele teve um problema grave de saúde. Eu com os meus 14 anos, via pela primeira vez uma pessoa tão especial para mim a atravessar uma fase deste tipo. Isto aproximou-nos ainda mais e naquela altura, acabei por ser um pouco, o irmão que ele não tinha.

Dez anos depois, cá continuamos. Cada um dos 3 seguiu a vida à sua forma mas ainda assim os nossos caminhos continuam a cruzar-se.

As pessoas importantes da nossa vida podem "desaparecer" mas nada que a gente faça consegue apagar o significado que elas tiveram para nós... Tentem à vontade, mas acreditem que as pessoas especiais ficam sempre dentro de nós.

Até amanhã!

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Convicção

Hoje decidi fazer algo mais simples. Deixo apenas a letra de uma
das minhas músicas preferidas e que simboliza completamente
a minha forma de ver a vida.

Frank Sinatra - My Way


And now the end is near
And so I face the final curtain
My friend, I'll say it clear
I'll state my case of which I'm certain
I've lived a life that's full
I've travelled each and every highway
and more, much more than this
I did it my way

Regrets I've had a few
But then again too few to mention
I did what I had to do
And saw it through without exemption
I planned each chartered course
Each careful step along the by-way
And more, much more than this
I did it my way

Yes, there were times
I'm sure you knew
When I bit off more than I could chew
But through it all when there was doubt
I ate it up and spit it out
I faced it all
And I stood tall
And did it my way

I've loved, I've laughed, and cried
I've had my fill, my share of losing
And now, as tears subside
I find it all so amusing
To think I did all that
And may I say, not in a shy way
"Oh no, oh no, not me
I did it my way"

For what is a man, what has he got?
If not himself then he has naught
To say the things he truly feels
And not the words of one who kneels
The record shows I took the blows
And did it my way

Yes, it was my way

Convicções, desejos e vontade devem marcar a vida de uma
pessoa. Barreiras superam-se e as batalhas vencem-se...

Até amanhã!

domingo, 25 de novembro de 2007

Nunca parar

Hoje reencontrei-me com uma pessoa que eu aprendi a admirar. Ele é um rapaz energético, divertido e inteligente, que aproveita a vida da melhor forma que pode. Com isto tudo, acaba por desvalorizar um "pequeno" pormenor: a cadeira de rodas.

É incrível a sua força de espírito e o à-vontade com que está com as pessoas, alheando-se do facto de estar "preso" a uma cadeira de rodas. Coloquei as aspas, pois acaba por ser figurativo tendo em conta a sua vontade de viver, sem dar o menor valor a este "pormenor". Leva uma vida normal, ultrapassando as barreiras que se atravessam no seu caminho, que acabam por ser muitas mais do que as que uma pessoa dita "normal" enfrenta.

Discute ideias, debate assuntos, brinca, goza e tem o carinho da namorada que está sempre a seu lado. Até já foram juntos para uma jornada clínica de 3 meses em Cuba. Fantástico...

São pessoas como ele que nos fazem a ver a vida de outra forma. Está numa cadeira de rodas mas não tem problema de soltar um "Daqui a nada levas um biqueiro no focinho" ou "A pé não posso ir, mas de rodas é na boa". É preciso muita força interior.

Serve para nós, os "normais" pensarmos que grande parte dos problemas de que nos queixamos não são nada comparados com os de outras pessoas, que se esforçam muito mais que nós para terem uma vida simples igual à nossa. A diferença está no facto de nós nos queixamos da vida que temos...

Até amanhã!

PS: O Sr. João continua no Saldanha a dizer adeus aos carros.

sábado, 24 de novembro de 2007

Lisboa e Bairro Alto

Quem lê os meus devaneios deve pensar que eu julgo que vivo mergulhado num mar de problemas.... Mesmo que eles existam, não são eles que me vão impedir de triunfar. Triunfar é viver...

Agora vivo a semana à espera de sexta à noite. Não me transformo radicalmente nem faço 1001 loucuras. Simplesmente, tenho uma oportunidade de ser eu.

Um serão no Bairro parece ser pequeno para tudo o que acontece. Conversas, encontros e copos, tudo serve para animar a noite. E ela ali está para ser aproveitada... Empresa, Loures, Família e ISEG, são apenas alguns dos "meus" mundos com que eu me cruzei esta noite, tornando o espaço maior do que ele realmente é...

Lisboa continua a ser a cidade mais bela do Mundo - e não me interessa conhecer todas. Nela me revejo, nela me perco... Um simples passeio chega para despertar uma pessoa.

Seja como for, eu não estou parado, nem passivo ou sequer derrotado. O "despertar" nesta noite representa mais que um acordar. Representa uma convicção.. De braços cruzados nunca estive, nem nunca estarei por mais que o possa aparentar.

Sou feliz, pois sei viver c0m aquilo que tenho e de nada fujo nem de nada me escondo.

Boa noite!

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Perdão

"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes"

É verdade. Nem sei dizer o quanto eu me identifico com esta frase. Dez palavras que juntas conseguem despertar um sentimento de raiva em mim por saber que sou assim... A sensação de impotência é enorme, visto que sei, reconheço e admito que assim sou e que devia mudar.

Comigo parece que está tudo em segundo plano e que a minha mente não está minimamente centrada no que está mais próximo de mim. Tal como já disse, eu sou metódico, sou prático, sou ponderado, sou exigente... Exigente principalmente comigo e por isso estou disposto a melhorar. Reajo mal a críticas, como meio de defesa, pois custa-me ouvir (e acabar por sentir) que estou errado, ou que pelo menos não faço as coisas da melhor forma - uma vez que eu tento fazer mais e melhor a cada dia que passa, mas pelos vistos falhei...

A minha mania da perfeição e do equilíbrio, parece deixar-me cego e torna-me uma pessoa distante e fria. Pior ainda, torna-me injusto...

Talvez estas palavras sejam um sinal de remorso. Estou triste comigo mesmo, pois vejo que não correspondo ao que às vezes esperam de mim. Sinto-me triste por não ser capaz de dar a devida atenção a quem merece.. Por não ser capaz de compreender pequenos gestos que são importantes para outras pessoas... Por não conseguir valorizar o que é importante para os outros...

E o meu valor? Será que não o tenho? Um dia tive e de repente deixei de o ter? Não...Eu sei que ele está cá. Tenho os meus defeitos é verdade, mas se calhar é por causa deles que acabo por ser a boa pessoa que acho que sou. Aquela que sabe colocar um sorriso na cara de alguém e que te estende a mão que te ajuda a levantar. É no meu ombro que tu sabes que podes pousar a cabeça e sou eu quem fica acordado só para saber que tu dormes bem...

Sei que dou tudo de mim por quem me é importante. Mas também sei que há vezes em que me deixo perder na passividade e nada querer fazer, por achar que não consigo fazer nada... Ainda assim, tenho de ter noção que mesmo aquilo que eu - em toda a minha mania da perfeição e noção de "realismo" - acho que não é nada, pode significar muito para quem está comigo. Não preciso de agir apenas para ser perfeito, tenho de saber fazer o pouco que às vezes vale muito.

Mesmo sabendo que não sou um monstro, sei que na vida a teoria da compensação não existe. Qualidades não anulam os defeitos... Tenho fé e confiança nas minhas virtudes e nos meus pontos fortes. Também sei que com todos estes vêm os aspectos negativos do meu Ser.

A ti que me acompanhas e que gostas de mim, perdoa-me quando não consigo ver os pequenos pormenores que tanto significam para ti...

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Um pouco de Nostalgia

Novembro é um mês do qual guardo muitas recordações, umas boas outras não tão boas. Por exemplo, foi neste mês que tive a minha última ida de urgência ao Hospital. De um ponto de vista mais positivo, foi em Novembro que fui eleito para Vice-Presidente da AE da faculdade...

São duas situações completamente diferentes mas qualquer uma delas foi marcante para o meu desenvolvimento enquanto pessoa. Se por um lado, a ida ao hospital me alertou para os cuidados que eu devia ter dada a minha fragilidade física, a AE serviu para levar a minha vida ao limite e ganhar maturidade e sentido de responsabilidade.

Nunca me esquecerei de Novembro, pois muitos são os episódios que a ele associo. Tal como aquela tarde em que fechei os olhos e entrei num mundo novo. Adorei a surpresa que tinhas preparada para mim. Lembro-me, como se tivesse sido ontem...

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Coragem

Voltei a passar mal a noite... Acordei diversas vezes, tive alguns pesadelos e fiquei a pensar neles...
Este facto não foi grande auxílio para o meu dia. Ainda assim, marquei presença na reunião do Departamento a que pertenço na empresa e foi engraçado rever caras conhecidas e reencontrar pessoas com quem não falava há algum tempo.

Cada vez mais sinto a vontade de afirmar que o esforço e os sacrifícios que fiz nos últimos 2/3 meses, que exigiram muita força e coragem de mim, foram uma escolha acertada da minha parte.

Curiosamente, associado a isto, recebi o seguinte poema que certamente a maioria de vós já conhece, mais que não seja apenas o último excerto:

A felicidade exige valentia.
"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes mas, não
esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo, e posso evitar que ela
vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios,
incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos
problemas e se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no
recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter
medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para
ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo..." Fernando Pessoa

Já dizia o outro "Palavras para quê?"

Até amanhã
Fonz

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Momento

Decidi relatar hoje, um episódio que vivi recentemente.
Quem é que nunca teve uma situação em que sentiu que ficou literalmente parado no tempo? Tenho a dizer que é uma das sensações que sempre me deixou mais intrigado. Logo a mim, com as minhas manias de ter tudo controlado e saber o que ando a fazer e de um momento para o outro fico inerte e sem capacidade de reacção.
Intriga-me... A sério, intriga-me uma vez que gosto de dar passos decididos. Estar parado, para mim é sinal de fraqueza. E eu parei... Mas será que fraquejei?
Por breves instantes não fui capaz de dizer nem uma palavra nem fazer qualquer gesto. E tudo isto não foi por ter ficado em estado de choque nem algo desse estilo. Simplesmente, aconteceu... E eu continuo intrigado...
Será que assim porque não sentia nada daquele estilo há algum tempo?
Será que fui completamente apanhado desprevinido?
Terá sido simplesmente um pouco de "Magia" à minha volta?
Naquele momento, surgiram 1001 questões em mim, mas só houve um facto: Gostei... Graças a um simples Olhar, fiquei a leste de tudo, sem reparar no que estava à minha volta, no que os outros me diziam... Bloqueei literalmente, o cérebro corria a informação mas não a processava enquanto eu desfrutava aqueles segundos que pareciam uma eternidade.
... Senti-me vivo
Fonz
PS: Hoje eram 21h45 e ainda estava no escritório... Mas a minha mente estava naquele momento.

domingo, 18 de novembro de 2007

Rescaldo

E é chegado o momento de dizer o adeus ao fim-de-semana e preparar-me para enfrentar mais uma semana. Foram dois dias como tantos outros, sobretudo tendo em conta a quantidade de coisas para fazer e a escassez de tempo para poder dedicar-me a todas elas.
Tenho tanto para falar, tantos temas a fluir na minha cabeça, mas não o consigo fazer agora...
Apercebo-me agora que estes dois dias acabam por ser uma continuação da semana. Podemos mudar as routinas durante o fim-de-semana, mas continuamos com obrigações e limitações embora sejam de outra natureza. Será possível que tenha conseguido recarregar as baterias? Vou esperar para ver...
Noto que as palavras não saem com a mesma fluência de outros dias. Provavelmente estou a ser redundante, confuso e não digo coisa com coisa.
Seja como for, estou feliz. Afinal de contas, posso não ter feito tudo o que queria, mas ao menos senti-me útil. E vivi novas aventuras...
Até amanhã

Mais uma noite II

"As forças existem e eu devo aproveita-las. Hoje, acredito que as tenho... Estarão elas cá amanhã?"

Ainda cá estão.

O que aconteceu? Bem, é uma longa história...

"Sabes manter um segredo? Eu também"

sábado, 17 de novembro de 2007

Mais uma noite

Depois de mais uma noite com diversas interrupções no meu sono - que de profundo não tem nada - acordei sabendo que esperava por mim mais um longo dia... Neste momento, estão todos a lembrar-se das manhãs em que querem ficar mais tempo a dormir.

Hoje durante o dia debatemos "É pior acordar e querer dormir mais ou querer dormir e não conseguir?". Bem, qualquer uma das situações é frustrante pelo que é difícil optar por uma. Numa resposta políticamente correcta e neutra, eu diria um simples "Depende...". Será pior acordar sabendo que não vamos estar a 100% para cumprir o nosso dever ou não conseguir dormir e pensar constantemente que não estaremos em condições no dia seguinte?

Dado o meu hábito nestas situações, aproveitei para pensar mais um pouco. Em quê? No que me veio à cabeça, portanto foi de tudo um pouco. Algo que se aproveitasse? Ora, basta saber olhar para as coisas pelo ponto de vista indicado e tudo será útil.

Ao acordar, a frustração foi igual à de qualquer comum dos mortais. Quanto às horas do dia, vão passando enquanto nós nos vamos esforçando, procurando fazer tudo aquilo a que nos comprometemos. Temos o que temos, e fazemos disso o melhor que conseguimos.

Mesmo após este cansaço extremo, quis pôr a minha resistência à prova. Acabado de chegar a casa, depois de mais uma noite bem passada e com excelente companhia, provei a mim mesmo de que a minha parte física é mais resistente do que eu julgava.

As forças existem e eu devo aproveita-las. Hoje, acredito que as tenho... Estarão elas cá amanhã?

Boa noite...

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Simplesmente: Obrigado

Tenho a perfeita noção que sou das piores pessoas para dar elogios a quem quer que seja. Devo ter algo em mim que faz com que não queira elogiar as pessoas, julgando que dessa forma as estou a incentivar a tentar fazer sempre mais e melhor.

Hoje que estou aproximadamente a 15 dias do aniversário de um dos dias que mais marcou a minha vida, quero deixar algumas palavras de apreço a quatro pessoas, dada a sua importância no meu quotidiano.

- A ti que passas os dias comigo e me mostras como devo agir e estar no meu dia-a-dia, agradeço-te pela tua Camaradagem. Tens estado sempre a meu lado pronta a dar uma palavra amiga e a aturar os meus devaneios mentais.

- Existem qualidades que se escondem à espera do melhor momento para dar um ar da sua graça. Uma bela surpresa que eu sei que não me desiludirá, pois sou bom observador .Quero que saibas que estou-te muito grato por toda a Atenção que tens dispensado para a nossas leves conversas e debates diários.

- Tu és aquela pessoa que por mais voltas que a minha vida dê, eu sei que estarás sempre aí. Despertas o espirito altruísta em mim e revitalizo ao sentir que consigo ajudar-te mais que não seja por ser alguém com quem podes falar. Um Abraço vale muito para mim.

- Vives os meus sentimentos como se fossem os teus praticamente desde sempre. Não sei o que dizer perante toda a disponibilidade que tens para mim. Quero que saibas que a tua Dedicação em prol do meu bem-estar é altamente determinante para o meu sucesso.

Não identifico as pessoas, pois elas sabem quem são.

Pode não ser a melhor forma de o fazer, mas quero assim agradecer-vos por serem como são comigo.

Devemos saber dar o devido valor a todos que nos rodeiam e perceber que um simples "Obrigado" pode significar muito mais do que a palavra banal que nós julgamos que ela é...

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Sonhos, Planos e Actos

Hoje, passei o dia a pensar na estreia do meu blog. Curiosamente, centrei a minha atenção no título que atribuí ao meu primeiro post.

Fazendo uma retrospectiva aos meus comportamentos desde há uns anos até agora, reparei num determinado padrão: Rigidez. Há quem me considere rigoroso, metódico ou mesmo perfeccionista. Muitos de vocês podem pensar que não existe nenhum problema nesta forma de ser. À primeira vista, nem eu próprio classifico isto como um problema, no entanto, é algo em que devo ponderar.
Este blog estava previsto há mais de 2 anos mas só ontem ele veio para o ar. De um dia para o outro, escolhi o tema, defini o template, reuni ideias para os textos. Porquê?

Atinjo níveis de motivação elevadíssimos sempre que começo a preparar algo que desperte o me interesse ou cative a minha atenção. Acabo por ser de uma dedicação extrema e até mesmo desenfreada nestes pequenos episódios com que me vou cruzando. Tenho cadernos e cadernos onde registo as minhas ideias, passo noites em branco a pensar em como posso ligar uma ideia a outra, ou então que mais é que posso inovar. Analiso as situações ao pormenor para que nada me escape. Sim, tenho método de trabalho. Mas serei eficaz?

No dia em que eu quiser fazer uma casa, acho que vou pensar em todos os detalhes possíveis e imaginários. Esqueço-me é que quanto mais ao pormenor uma pessoa vai, mais pormenores vão escapando. E aqui deparo-me com um desequilíbrio: o encadeamento das ideias. Existem alturas em que estou a pensar em 4 ou 5 aspectos diferentes ao mesmo tempo, pelo que a produtividade acaba por diminuir.

Espontaneidade comigo verifica-se quando subitamente ocorre um "click" na minha cabeça, sinal que as ideias estão todas encadeadas e é só colocar mãos à obra, pois o plano está todo delineado. Na minha cabeça, sinto que sei quais os passos devo dar, quanto tempo posso demorar em cada tarefa, a quem me devo dirigir para resolver determinado problema...

"Então e quando não há esse "click"?" perguntam vocês. Pois, esse é o problema... Sinto-me apático, fico impávido e sereno como se nada à minha volta fosse comigo. Uma pessoa quer vencer, mas acha que não há nada onde se possa competir... E mais uma vez, a espontaneidade não é bem o meu forte. Parece que preciso de saber que existe já um carril que eu devo percorrer e se me afasto um pouco desse carril, algo está errado.

Sinto-me seguro quando aparentemente tenho tudo sob controlo e ponderado, mas por outro lado quero soltar-me destas amarras e deixar-me seguir por impulsos…

O destino não existe, apenas o poder da nossa vontade.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

O principio de algo há muito tempo planeado

Não estou a exagerar se disser que estou há cerca de 2 anos a planear escrever um blog... Dado o meu gosto pela escrita, tenciono deixar aqui comentários sobre as experiências que eu for encarado ao longo dos caminhos que percorrer.

Porque não sou único na minha forma de ver as coisas, procuro encontrar quem as analise como eu. Por outro lado, mostrarei a outras pessoas mais um prisma para analisar uma situação.

Erro... Acerto... Comemoro... Desiludo-me... Mas estou sempre disposto a aprender.

Enfim, sou humano...